Carro elétrico vale a pena?

10 curiosidades sobre o funcionamento de carros elétricos

No Brasil, existem mais de 52 mil carros elétricos em circulação. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), 20% da frota está no estado de São Paulo. A principal razão para o início da popularização do modelo está na redução da poluição, visto que o automóvel não produz gases de efeito estufa. Antes de comprá-lo, no entanto, é necessário se atentar a alguns pontos. Antonio Azevedo, fundador e CEO da LogiGo, empresa que fornece tecnologia automotiva, lista 10 curiosidades sobre o funcionamento do veículo.

1. Especificações motoras

O motor elétrico tem maior durabilidade. Um veículo comum tem mais de 2 mil peças, contra 250 – em média – do elétrico. Portanto, os gastos com manutenção são menores. É válido destacar também que, por não ter motor à combustão, o carro não tem “ronco” – o que faz diferença na usabilidade. A Lamborghini, por exemplo, famosa pelo ronco do motor, está estudando colocar um som artificial nos carros elétricos.

2. Autonomia da bateria

O modo de dirigir impacta diretamente a autonomia do carro – especialmente se o motorista tiver uma postura agressiva –, bem como o relevo do caminho. Em uma subida, por exemplo, a bateria cai muito, dependendo mais da condução. Por isso, quem tem um carro elétrico deve calcular bem para não fica na mão.

3. Bateria regenera em descidas

As desacelerações em carros elétricos dão aquela forcinha para as baterias. O trajeto entre São Paulo e Santos, por exemplo, demanda muita carga na subida, mas na descida consegue regenerar. A recuperação nessas situações não dará uma carga expressiva ao conjunto, mas contribui para estender a autonomia em quilômetros, caso esteja longe de um ponto de recarga.

4. Preço

Hoje, o carro elétrico mais barato do Brasil é o JAC E-JS1, por R$ 149.900. O modelo foi desenvolvido na China em parceria com a Volkswagen e tem 300 km de autonomia, de acordo com o padrão NEDC. É válido dizer que os preços variam conforme a bateria, que é o item mais caro.

5. Incentivos para a compra de carros elétricos

Por ser uma tecnologia limpa, mas ainda cara, estão surgindo incentivos para a compra. Recentemente, na cidade de São Paulo, entrou em vigor a lei n° 17.336, que obriga prédios novos a oferecerem um sistema de recarga para veículos elétricos.

Em paralelo, alguns estados já assinaram o protocolo de intenções do Projeto Colossos, que prevê investimentos de R$ 25 bilhões na produção de carros elétricos. A lei, que tramita na Câmara dos Deputados, prevê isenção total de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os elétricos e redução de 50% para os híbridos (com propulsão elétrica e convencional).

6. Eletropostos

Cada marca possui um tipo de estrutura para carregamento. Por isso, antes da compra, é importante verificar se o plugue do carro elétrico é compatível com o eletroposto que você vai utilizar. Além disso, baixe aplicativos especializados em pontos de recarga de EVs, como o PlugShare, para descobrir a localização dos espaços e verificar se estão em pleno funcionamento ou se estão ocupados.

7. Estação inteligente de recarga

A recarga pode ser feita na voltagem 220V, mas o processo demora. Por isso, é importante ter uma estação inteligente em casa ou no trabalho para um carregamento mais ligeiro. Muitos carros elétricos já são negociados com esse tipo de carregador incluso. Outros são cobrados à parte. O importante é contratar uma empresa especializada – ou homologada pelo fabricante – para fazer a instalação correta do ponto.

Agora, se você roda muito e não tem uma rotina fixa de quilometragem diária, pondere a compra de um carregador portátil, que pode ser levado no porta-malas. O custo gira entre R$ 2.500 e R$ 5 mil.

8. Vida útil da bateria

A maioria dos fabricantes possui baterias modulares. Assim, caso haja a necessidade de troca, basta substituir o módulo defeituoso.

9. Descarte da bateria

Se a sua intenção é ter um carro elétrico para ser mais sustentável, é bom pensar em como vai ser o descarte da bateria, visto que os componentes não se decompõem. Aqui, a dica é reutilizá-la em iniciativas de reciclagem.

10. Quanto custa uma bateria nova?

As baterias de reposição costumam ser muito caras, custando até mais da metade do custo do próprio veículo. No entanto, a peça é composta por dúzias de células, que costumam falhar uma de cada vez. Em vez de substituir a embalagem completa, provavelmente o usuário terá de renovar uma ou duas células, que são normalmente bem mais baratas.

Por 33giga