Vamos falar do Dieese

Criado em 1955, o Dieese vem, desde lá, da sua fundação, calculando o salário que os trabalhadores deveriam ter para junto dele ter respeito da sociedade, para a nação entender por quem a riqueza do Brasil era produzida, produzida por trabalhadores, sob sangue, suor e lágrimas, mas que isso, com todo o esforço do trabalhador não tivessem lhe retirado a dignidade, nem o mérito de produtor único de riqueza.

Em que pese toda a história do Dieese, criado com o esforço inconteste dos trabalhadores através de seus sindicatos representativos, com milhares de números e índices científicos, provados e comprovados, quero em específico me deter a um ano a um número e a um percentual

O PT, que tem um “T” de trabalhador em sua legenda, eleito incontestavelmente por trabalhadores, em 2004, chancela um salário-mínimo, sabe aquele que indicaria que o trabalhador é o produtor da riqueza brasileira, salário que traria a dignidade e o mérito até então sonegado pelo capital, pelos empresários, pelas igrejas e pelo governo, de R$ 260,00, salário esse 5.54 vezes menor que o indicado pelo Dieese, R$ 1.439,68.

Longe de estar lá para defender aqueles que os elegeram de fato, o PT priorizou os interesses dos que perderam o pleito. Tá, você pode me questionar que isso ocorreu nesse ano apenas e eu concordo com você, mas ressalto, pois sem querer cobrança o PT corrompeu o Dieese e até o impeachment de Dilma o Dieese não mais divulgou o salário-mínimo necessário para o trabalhador resgatar sua dignidade e o mérito de ser o verdadeiro criador de riqueza.

Nesse período petista, o Departamento apenas fez “cálculos” atestando o crescimento “real” do salário-mínimo oficial. O do “Dieese” não existia mais. O interessante que mesmo que fizéssemos os cálculos de crescimento “real” do salário mínimo, baseado nós índices do Dieese no período, não conseguiríamos chegar aos R$ 1.439,68 de 2004.

A corrupção do PT não foi apenas a vista nas contas públicas, nas verbas de estatais, nós superfaturamentos de licitações, na enxurrada de dinheiro de isenções, de financiamentos do BNDES, do cofre da Petrobras, Furnas, Eletrobras e Correios, foi nas instituições dos trabalhadores. Temos que fazer uma auditoria no Dieese e saber os que se corromperam pelo PT se ainda fazem parte de sua diretoria, para podermos retirá-los.

Mas, o que aponto aqui, é que a destruição das instituições, pelo PT, foram mais profundas do que ainda podemos ver.

Por José Ribas

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