Estudo mostra que efeitos da ação humana sobre o meio ambiente reduzirão populações de insetos no planeta
Uma pesquisa da Universidade James Cook, na Austrália, concluiu que as mudanças climáticas podem provocar impactos terríveis até mesmo sobre os insetos. De acordo com o estudo, os efeitos da ação humana sobre o meio ambiente reduzirão drasticamente as populações de insetos no planeta.
O “apocalipse” dos insetos também agravará o quadro ambiental da humanidade e da Terra, causando um desequilíbrio extremo na cadeia alimentar, na biodiversidade e no próprio funcionamento da natureza.
A explicação para a potencial extinção que as mudanças climáticas podem impor sobre os insetos está no aumento da temperatura e o fato de esses animais serem ectotérmicos, ou terem pouca capacidade de regular a temperatura corporal. Dessa forma, a elevação do calor na Terra coloca os insetos em situação especialmente ameaçada, diante da previsão de elevação da temperatura entre 2ºC e 5ºC até 2100.
“Um conjunto crescente de evidências mostra que muitas populações de insetos estão diminuindo rapidamente em muitos lugares. Esses declínios são de profunda preocupação, com o termo ‘apocalipse de insetos’ sendo cada vez mais usado pela mídia e até mesmo por alguns cientistas para descrever esse fenômeno”, afirmou William Laurance, da universidade australiana, e um dos autores do estudo. Além da variação de temperatura, o estudo demonstrou que as mudanças climáticas afetam os insetos por outros efeitos, como a poluição, redução dos hábitats e a predação.
O desequilíbrio causado por uma redução ou extinção dos insetos impacta diretamente na saúde do planeta e da humanidade, já que tais animais são determinantes na polinização, no controle de pragas e na reciclagem de nutrientes, em conclusão que agrava ainda mais a urgência de recuperar áreas afetadas e conter o impacto da ação humana.
“As evidências são claras e impressionantes. Precisamos agir agora para minimizar os impactos nas populações de insetos — sabemos como fazê-lo, mas a tomada de decisões e o financiamento necessário continuam sendo empurrados pelo caminho”, concluiu o pesquisador.
Por Hypeness