Prefeitura e AGRAER capacitam mulheres da comunidade Buriti para produzir panetone no Natal

Divulgação PMCG

O tradicional pão natalino é certeiro na hora de ganhar uma renda extra

O queridinho das gôndolas do fim de ano está chegando. É só dar uma caminhada por qualquer mercado, padaria, que lá está ele: o panetone. Tão simbólico como a decoração e as luzes natalinas, o pão que nasceu de um acidente é certeiro na hora de ganhar uma renda extra nesta época do ano.

O pão de Toni, ou mais conhecido como panetone, diz uma das lendas que cerca a iguaria, teria sido criado por um erro de um padeiro que de tão cansado com os preparativos natalinos confundiu as receitas e adicionou uvas-passas onde não devia. Para consertar o erro, adicionou frutas cristalizadas na massa e o resultado é o famoso panetone, que desde então é sucesso de vendas no Natal.

E para dar aquela ajudinha para capitalizar, a Prefeitura de Campo Grande e a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), promoveram um curso de panetones e cucas para mulheres da Comunidade Quilombola Buriti. A capacitação foi apenas o primeiro módulo de uma formação ampla sobre as principais técnicas da panificação.

Foto PMCG

“Esse pequeno curso supriu uma necessidade de momento, dada a proximidade do Natal e do Ano Novo. As mulheres da comunidade têm os equipamentos para começar uma agroindústria nesse ramo. Vamos dar uma formação mais completa na área”, explica a orientadora e extensionista social do escritório local da Agraer, Cleonice Jacomelli.

Agrônoma da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), Letícia Patrícia de Castro Barbosa, explica que o curso foi realizado a pedido das próprias produtoras. “Estamos aqui na Comunidade Quilombola Buriti e a pedido delas desenvolvemos atividades que vão auxiliá-las a iniciar os trabalhos da agroindústria da produção de pães. Hoje estamos fazendo pães diversos e panetones para que elas já possam vender no Natal”, conta.

Projetos Futuros

A ideia da associação das mulheres quilombolas é, futuramente, usar os produtos colhidos na comunidade para fabricar pães enriquecidos e fornecê-los ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

“Para que elas se organizem e saibam quais vegetais poderão plantar para atingir os objetivos desejados, nessa capacitação serão ensinadas algumas opções de pães de cenoura, batata-doce, beterraba, que são mais coloridos e têm mais nutrientes. É como se fosse uma prévia para se programarem quanto aos cultivos”, explica Cleonice.

Para a presidente da associação de moradores, Lucinéia de Jesus Domingos Gabilão, a capacitação vem ao encontro das necessidades das mulheres da comunidade quilombola. “Esse momento foi focado mais nas festividades de Natal, com esse curso elas poderão aumentar a renda das famílias. E mais para frente vamos começar a trabalhar com panificação de grande porte”, diz Lucinéia.

Por PMCG