Prefeitura executou um projeto arquitetônico que remete as fachadas com valor histórico para Campo Grande
Quem passa pelos altos da Avenida Afonso Pena, além de mergulhar em um espaço típico natalino no período festivo, tem a oportunidade de conhecer um cenário urbano que o crescimento de Campo Grande deixou no passado. Com a revitalização da Cidade do Natal, a Prefeitura executou no local um projeto arquitetônico que remete as fachadas das tendas a prédios e edificações com valor histórico. Essa experiência tem conseguido emocionar os campo-grandenses, que encontraram ali um ambiente de boas recordações para reviver na memória e compartilhar suas histórias.
O casal Rosangela e Cezar Nogueira tem boas histórias daquela época. Ao chegarem na Cidade do Natal, o sentimento foi de pura emoção ao lembrarem de quando estudaram no Colégio Oswaldo Cruz, remetido a uma das fachadas que podem ser conferidas na Praça de Alimentação. “Nós fizemos parte daquele momento e quando chegamos aqui eu quis sentar bem na frente do Oswaldo Cruz. Temos muitas lembranças boas, dos amigos e dos professores. Sem dúvida estar aqui nos leva de volta àquela época. A Casa do Artesão também está aqui, local do primeiro banco da cidade. Esse resgate do patrimônio é muito importante”, disse Rosangela, que em 1985 veio de Sidrolândia estudar na Capital.
Empresários do ramo de joias e relógios, eles explicam que o resgate histórico deu ainda mais significado ao local. “Eu vi nos sites que tinham feito essas fachadas e combinei com a Rosangela de fazer o passeio para ver de perto. A ideia que a prefeitura teve para essas tendas sem dúvida foi muito assertiva. Já no caminho viemos lembrando da década de 70 e 80 e, quando chegamos foi muita emoção, desde a entrada, quando vimos o relógio”, comentou Cezar.
As fachadas são inspiradas na Morada dos Baís, Pensão Pimentel, a Hospedaria Ramalho, Colégio Oswaldo Cruz, Hotel Americano, Casa do Artesão, residência do historiador Paulo Coelho Machado e cenários antigos de ruas tradicionais do centro, como a 14 de Julho, Dom Aquino e Temistocles, na Vila dos Ferroviários. As tendas ocupam 207 metros quadrados.
Além das fachadas dos prédios, já mencionadas, o totem de entrada representa em miniatura a antiga estação ferroviária da Noroeste do Brasil. Também foi construído um coreto com estrutura de aço galvanizado, com as características arquitetônicas da primeira biblioteca de Campo Grande. Um espaço destinado às exposições lembra a fachada de uma casa da Noroeste do Brasil. O espaço destinado às mídias digitais, foi inspirado no antigo Cine-teatro Alhambra e o mirante, à frente da Igreja de Perpétuo Socorro.
Quem também aprovou a arquitetura da nova Cidade do Natal é o analista de sistemas Roberto Cicero de Oliveira. Ele conta que sentia falta de ver ambientes com resgate histórico aqui na cidade. “Viemos para andar na roda gigante e confesso que me surpreendi quando vi a nova arquitetura. Gostei de ver o resgate histórico. Esse tipo de arquitetura é muito comum nas grandes capitais e aqui estava faltando. Recebemos com alegria esse lugar, que já é parte da rotina de todos nós”, ressaltou.
Já a advogada Daniela Leite dos Santos, disse que o passeio na Cidade do Natal deste ano foi o mais enriquecedor, pois além da diversão ela pôde contar aos filhos um pouquinho da histórica de cada fachada dos prédios que remetem a história de Campo Grande. “Achei muito interessante e muito realista você ver e identificar os prédios originais dos pontos turísticos e patrimônios culturais da cidade. Aproveitei para contar às crianças um pouco da história de cada um. Foi uma verdadeira aula de história e nos divertimos muito. Meus filhos ficaram bastante curiosos e depois foram para a internet pesquisar sobre esses locais. Nota mil essa ideia”, destacou.
A programação na Cidade do Natal se encerrou neste domingo (15) após 30 dias de entretenimento. Ano que vem tem mais.
Por PMCG