Equipes da PF cumprem três mandados de prisão temporária, além de cinco de busca e apreensão
A Polícia Federal (PF) deflagrou operação, na manhã desta segunda-feira (16/1), para prender três pessoas suspeitas de liderar e financiar atos terroristas praticados por extremistas após o resultado do segundo turno das eleições de 2022 — inclusive o do último dia 8, contra as sedes dos Três Poderes.
A Operação Ulysses foi deflagrada no Rio de Janeiro, e os alvos não tiveram os nomes divulgados. Até o momento, a PF prendeu um deles no Rio de Janeiro. Apreendeu ainda celulares, computadores e documentos.
Os policiais cumprem três mandados de prisão temporária, bem como cinco de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal no Rio de Janeiro.
A apuração teve início para identificar lideranças responsáveis por bloquear rodovias em Campos dos Goytacazes (RJ), organizar manifestações em frente a quartéis do Exército na cidade, bem como planejar e financiar atos que levaram aos atentados contra as instituições democráticas, em 8 de janeiro.
Posteriormente, os investigadores conseguiram provas capazes de vincular os suspeitos à organização e liderança dos eventos.
Com o cumprimento dos mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (16/1), os policiais pretendem identificar outros envolvidos nas ações terroristas.
Os alvos podem responder pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os Poderes institucionais.
Desde que foi divulgado o resultado as urnas, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e derrota de Jair Bolsonaro (PL), bolsonaristas vêm promovendo bloqueios em rodovias e ocupando portas dos QGs do Exército.
No dia 8 de janeiro deste ano, eles invadiram as sedes dos Três Poderes e destruíram tudo o que viram pela frente. Após os atos terroristas, o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado do cargo por 90 dias pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de omissão. A Corte também afastou a cúpula da segurança do DF. Lula nomeou um interventor federal.
O ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres foi preso após os atos terroristas. Ele cumpre prisão preventiva no 4º Batalhão da Polícia Militar do Guará até que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decida onde Anderson deverá cumprir a decisão judicial.
Por Metrópoles