Alta é motivada pela melhoria das expectativas e da percepção da situação atual da economia
O Índice de Confiança do Consumidor, o ICC, do FGV IBRE avançou 4,1 pontos em junho, para 92,3 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2019 (94,5 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice apresenta alta pelo terceiro mês consecutivo, em 1,8 ponto, para 89,1 pontos.
A alta da confiança foi motivada pelo avanço do Índice de Expectativas (IE), que subiu 3,6 pontos, assim como pela melhora do Índice de Situação Atual (ISA), que subiu 4,4 pontos, alcançando maior patamar desde 2020, início da Covid-19.
O Índice de Expectativas é um índice que mensura o que o consumidor espera do futuro na economia. Já o Índice de Situação Atual (ISA), como o nome sugere, mensura a avaliação do consumidor com relação ao tempo presente.
Entre os quesitos que compõem o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis foi o que mais influenciou a melhora do índice com alta de 11,7 pontos.
No mesmo sentido, o indicador que mede o grau de otimismo com a situação econômica local avançou pelo segundo mês consecutivo, em 2,3 pontos.
O indicador que compõe o índice de expectativa que recuou foi o que mede as perspectivas sobre as finanças familiares nos próximos meses. Esse teve queda de 4,0 pontos e contribuiu para que o otimismo recuasse. Porém, o indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares no momento presente subiu 5,0 pontos, após duas quedas consecutivas.
Com relação ao índice por faixas de renda, há uma melhoria absoluta em todas elas, desde a faixa de renda até R$ 2.100 reais, até a faixa de renda acima de R$ 9.600. Porém, a confiança é maior para consumidores com maior poder aquisitivo. O avanço da confiança de consumidores de menor poder aquisitivo foi menor neste mês, após alta expressiva no mês anterior.
Especialista da FGV resume que a melhoria da confiança do consumidor acontece tanto pela melhoria da percepção sobre a situação atual, quanto pela melhora das expectativas futuras da economia, entre todas as faixas de renda.
Fonte: Brasil 61