Modelo de assinatura é a melhor alternativa para população ter acesso à energia solar

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Kim Lima reforça que o modelo pode ser mais econômico para o consumidor

Os modelos de negócios que envolvem uma assinatura mensal se tornaram populares durante os últimos anos. Afinal, eles oferecem praticidade ao consumidor e permitem personalização — a depender do produto ou serviço comercializado.

As plataformas de streaming, como Netflix, Spotify, entre outras, são as mais conhecidas quando pensamos nesse formato e se tornaram referência para o setor de mídia ao implementar esse modelo de consumo. Tal dinâmica, de tão bem sucedida, logo se espalhou também como alternativa para outros serviços e, mais recentemente, para o mercado de energia.

Cogitar a possibilidade de oferecer e consumir energia por assinatura era algo impensável anos atrás. Porém, por meio da geração distribuída, esse consumo se tornou não só possível, como também vantajoso e rentável para o consumidor e para o planeta.

Tudo começa com a fonte de energia, com os parques solares que contêm milhares de placas fotovoltaicas e geram eletricidade por meio da radiação solar. A energia gerada nesses locais é inserida nas companhias de distribuição e compartilhada entre os consumidores. Como a energia fotovoltaica é mais barata e sustentável, quem faz o seu cadastro para consumi-la gera créditos na conta de luz. As companhias elétricas verificam quem tem o cadastro e converte esse crédito em desconto.

Nessa equação quem sai ganhando é o consumidor, já que pelo modelo de assinatura, ele evita o estresse com qualquer tipo de obra. Isso porque ele não precisa realizar a instalação de placas solares na sua residência. Ou seja, o usuário utiliza a energia solar da mesma maneira que assiste a sua série ou filme favorito: tudo 100% online. E o melhor: não é preciso pagar uma mensalidade para fazer a adesão, diferentemente dos serviços de streaming.

Inclusive, a energia por assinatura traz economia ao consumidor e permite que ele invista o valor que pagaria na conta de luz em outras despesas. Por exemplo, uma pessoa que tem uma tarifa mensal média de R$ 350,00, pode economizar por mês mais do que o suficiente para pagar o plano padrão da Netflix, hoje custando R$ 39,90. 

Mas por que a energia por assinatura é mais barata?

A fonte de energia alternativa utilizada para este modelo possui custos mais baixos que as fontes convencionais. Seguindo o exemplo da energia solar, as placas fotovoltaicas possuem alta durabilidade, precisam de pouco espaço (comparadas às usinas hidrelétricas) e têm como recurso disponível a radiação solar.

Quando a unidade consumidora é conectada com as empresas geradoras de energia fotovoltaica, a distribuidora concede desconto na fatura por ter consumido uma energia mais barata. Além disso, há uma grande diferença dos valores investidos para a instalação dos painéis nas residências para a adesão deste modelo, que não é necessário nenhum investimento, obras ou qualquer alteração técnica no consumo da energia.

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O meio ambiente também agradece

Soma-se a isso o fato de ser uma alternativa que gera menor impacto ambiental. De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), a energia solar tem potencial para reduzir 21% das emissões de CO2 até 2050. Com essa diversificação da matriz energética, é possível diminuir a dependência por combustíveis fósseis e, assim, contribuir para a sustentabilidade do planeta. 

Outro benefício é o fato de ser uma solução altamente escalável e adaptável, podendo ser facilmente integrada em diferentes contextos urbanos e rurais. A implementação de usinas fotovoltaicas em áreas desabitadas ou em locais degradados pode recuperar terras improdutivas e fornecer energia limpa para regiões remotas.

Atualmente, o Brasil frequenta uma posição de destaque no cenário global de energia solar, consolidando-se como o 8º maior gerador de energia solar do mundo. Esse avanço representa uma conquista significativa para o país, que está investindo cada vez mais em tecnologias sustentáveis e reduzindo sua dependência de fontes de energia não renováveis.

Kim Lima. Arquivo pessoal

A verdade é que chegamos num momento em que usufruir da energia solar também é simples como ouvir música ou assistir a um filme online. A oportunidade está na palma da mão e o melhor de tudo, com o usuário contribuindo diretamente para a preservação do meio ambiente e sem pagar nenhuma mensalidade.

Por Kim Lima é Diretor de Comercial e Marketing da Evolua Energia, uma das principais empresas líderes em transformação energética no Brasil, especializada em gestão distribuída compartilhada.