A velocidade acelerada da disseminação de informações demanda adaptações na atuação de jornalistas e assessores de imprensa
O crescimento das redes sociais marcou uma revolução na maneira como consumimos informações, redefinindo o panorama, tanto do jornalismo, quanto da assessoria de imprensa. Essas plataformas transformaram-se em fontes primárias de notícias para muitos, permitindo que informações se espalhem em tempo real e alcancem públicos globais de maneira instantânea.
No entanto, essa rapidez trouxe consigo desafios, como a disseminação de notícias falsas e a falta de verificação adequada, aumentando a responsabilidade tanto dos jornalistas quanto dos assessores de imprensa em fornecer informações precisas e confiáveis em meio ao turbilhão de informações online.
“As redes emergiram como um poderoso catalisador de transformações na mídia. Agora nós, jornalistas e assessores, lidamos com o desafio de nos adaptarmos a esse ecossistema dinâmico, onde o conteúdo circula em um piscar de olhos”, afirma Luciene de Oliveira. A fundadora da Lucky Assessoria, empresa especializada no setor de assessoria de imprensa e marketing digital, acrescenta – “As redes sociais não apenas encurtaram as distâncias entre as notícias e o público, mas também criaram um espaço interativo, em que o feedback instantâneo e as conversas moldam a narrativa de forma contínua. Isso cria um fluxo bastante acelerado de difusão de conteúdos”.
Sendo assim, a nova dinâmica informacional oferece obstáculos aos profissionais da comunicação. A instantaneidade das redes sociais, muitas vezes, exige respostas rápidas a eventos em constante mudança, o que aumenta a incidência do compartilhamento de informações imprecisas ou não verificadas. A pressão por manter-se relevante em feeds lotados requer que as histórias sejam cativantes desde o primeiro instante. Nesse ambiente, jornalistas e profissionais de assessoria de imprensa, além de empenhar-se cada vez mais na verificação de dados, passam a se aprimorar na arte de contar histórias que envolvam e informem, mantendo os princípios éticos e de veracidade.
O storytelling, por exemplo, ganhou um novo papel, já que a atenção do público é um recurso escasso. Tanto no jornalismo quanto na assessoria de imprensa, a capacidade de apresentar informações de forma atraente, cativante e relevante tornou-se fundamental. Isso não apenas garante que as mensagens se destaquem em meio ao fluxo constante de conteúdo, mas também permite que a informação seja compreendida e lembrada de maneira mais eficaz.
Apesar das adversidades, a influência das redes sociais também se mostra positiva em determinados aspectos. Além de oferecer uma plataforma para a disseminação de notícias, elas aproximaram os profissionais da comunicação do público. Essa proximidade possibilita uma interação mais direta, permitindo que jornalistas obtenham informações de fontes variadas, e que os assessores compreendam melhor as necessidades e interesses dos jornalistas. “Essa interconexão exige uma compreensão profunda das peculiaridades das redes sociais e de como se deve navegar nas complexidades desse ambiente em constante evolução, de modo a obter os melhores resultados”, reforça Luciene.
Diante desse cenário, a interseção entre redes sociais, jornalismo e assessoria de imprensa, reside um ambiente em constante evolução. Os resultados dessa influência mútua podem ser positivos, desde o novo ecossistema midiático seja bem utilizado. As redes sociais têm o poder de amplificar histórias e dar voz a uma gama diversificada de perspectivas. Jornalistas agora podem aproveitar essas plataformas para monitorar tendências, descobrir pautas e até mesmo realizar investigações em colaboração com a comunidade online. Para a assessoria de imprensa, as redes sociais representam uma abertura para se conectar diretamente com o público-alvo e de moldar a narrativa em torno de suas marcas e mensagens, de modo a solidificar seus clientes na mídia.
Por Mariana do Patrocínio