Clássico da Semana

Blade Runner

Hoje, na minha indicação de filmes, anteriormente limitada a analise de seus diretores, no desempenho do filme citado e em suas carreiras, estou inaugurando, ousadamente a analise do enredo, da historia proposta no filme. Conhecido como fã de filmes de ficção verossímeis, trago, já de cara, diante de sua complexidade, Blade Runner filme de Ridley Scott, reconhecido por ele próprio, como sua obra mais profunda. Por apontar quase o nosso presente atual, com a historia passando-se em 2019, lançada em 1982, trago as previsões que a ficção, obrigatoriamente, faz do mundo, aponto suas tecnologias e seus hábitos no tempo que transcorre a historia proposta pelo filme.
De cara, os acertos, em que pese o volume, Blade Runner acerta nas casas automatizadas, apontando o que hoje conhecemos como “internet das coisas” que tem seu nascimento no período, mesmo sem implantação maciça, mas uma realidade que não pode ser ignorada.
Outro acerto já confirmado no volume e que já mostrou o quanto pode ser inconveniente, as vídeos chamada, Ford gastou boa parte do filme falando com uma replicante que mexeu com seu coração. Os próximos acertos são bem conhecidos, desde o cartão usado como chave as luzes de LEDs que imitam a luz de velas. Detectores de mentiras são antigos mas nos últimos tempos tiveram sua tecnologia aprimorada e sua precisão reconhecida, no filme usam a íris ocular como instrumento de detecção.
Notadamente a referencia de mudança climática, chuvas em tempos de seca, verões super prolongados chegam a passar despercebido hoje se assistirmos o filme novamente.
A máquina Esper que enxerga em uma foto por vários ângulos, e elementos na foto que nem aparece nela, pode representar um erro, mas se levarmos em consideração a quantidade de câmeras de segurança que podemos conferir coisas e ações em diferente pontos de vista, a máquina falou a realidade numa tecnologia diferente que é aceitável num filme de ficção e que aponta como real para os dias de hoje.
Por último, não menos interessante, Blade Runner reforça os carros que voam, hoje mesmo que timidamente nos drones tripulados e autônomos é uma realidade.
Ridley Scott mostrou nesse filme toda sua genialidade, criou o “neo-noir”, um novo gênero já dentro dos vários existentes, o que explica hoje, Blade Runner, estar fazendo parte do acervo da National Film Registry da Biblioteca do Congresso, apontado como sendo “cultural, histórica ou esteticamente significante”.

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