Adeus ano velho, feliz vacina nova

Todos esperamos pelo cumprimento da promessa do ministro. Foto Adriano Machado - Reuters

Pazuello prevê início de vacinação contra Covid-19 no fim de janeiro

O início da vacinação contra Covid-19 no Brasil poderá acontecer até o fim de janeiro, caso ocorra autorização da Anvisa para uso emergencial de vacinas, mas a imunização em massa só deve começar a partir de fevereiro, com os registros definitivos dos imunizantes, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em entrevista à TV Brasil.

“A previsão é que agora mais para o final de janeiro já tenhamos alguma disponibilização de vacina, algumas em caráter emergencial ainda. Mas a vacinação com quantidade e com registros necessários para a vacinação em massa, a partir de fevereiro”, disse o ministro.

Inicialmente, o governo federal havia previsto iniciar a imunização contra Covid-19 apenas em março, mas essa data já havia sido alterada por Pazuello anteriormente para fevereiro diante das cobranças pelo início da vacinação em outros países.

Foto Marcelo Camargo Ag. Brasil

Segundo Pazuello, o ministério tem acordos com “quatro ou cinco laboratórios” que estão atualizando o governo sobre seus cronogramas para que se possa fazer um planejamento a partir da promessa de envio de doses de vacina.

O governo brasileiro tem um contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz e a parceria AstraZeneca/Oxford e memorandos de entendimento com o Instituto Butantan, que vai produzir a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e com a empresa Pfizer, além de um contrato de compra de 42,5 milhões de doses através do consórcio Covax Facilities, organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até o momento, nenhuma vacina recebeu aprovação da Anvisa para ser utilizada no país.

Em audiência pública na terça-feira, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, informou que o governo trabalha com a previsão, até agora, de receber no primeiro semestre do ano que vem 104 milhões de doses da AstraZeneca, 8,5 milhões de doses da Pfizer e 46 milhões de doses da CoronaVac, em um total de 158 milhões de doses de vacina.

Ainda está previsto o recebimento de um número ainda indeterminado de vacinas pela Covax Facilities e, segundo Medeiros, já há negociações com o Butantan para que se chegue a 100 milhões de doses da CoronaVac.

Na entrevista para a TV Brasil, Pazuello disse ainda que haverá um “Dia D” no país para a vacinação contra a Covid-19, em que a imunização começará ao mesmo tempo em todos os Estados.

Foto Isaac Nóbrega

“Haverá sim um dia D, o dia de início da vacinação que ocorrerá simultaneamente em todos os estados, de forma igualitária e grátis”, disse o ministro.

Pazuello calcula ainda que será possível chegar à vacinação da população em geral quatro meses depois do início da campanha.

“São quatro grandes grupos prioritários. Após esses grupos prioritários, que a gente visualiza 30 dias para cada grupo, a gente começa a vacinar a população dentro das faixas etárias”, disse o ministro.

Por Lisandra Paraguassu – Reuter