A fofoca e seu poder na era digital

O esteriótipo da mulher na janela de sua casa, a que fica virada para a rua observando todos que entram e saem da vila de classe média baixa, está muito bem representada na era digital.
Desde falar do vestido da “bonitona” da última casa da vila, ao carro do patrão que o motorista da primeira casa, que tem garagem, vez ou outra, numa necessidade de atender o patrão na primeira hora, volta para a casa com o carro no final do dia, nada passa desapercebido pela fofoqueira da vila. Sabem quem namora quem, quem deve o açougue ou a padaria.

Na era digital essa pessoa, independente do sexo, que no passado era a figura feminina pelas mulheres serem “donas de casa”, também existem hoje na janela eletrônica. Homens, mulheres, adolescentes formam um verdadeiro exército de fofoqueiros. Se antes, na época da janela física, virada para a rua da vila, era por prazer, vocação ou tédio, hoje esses fofoqueiros, com a alcunha de digital influencers, youtubers ou simplesmente blogueiros/vlogueiros, recebem para fazer o que gostam.
Se antes conseguiam acabar com um casamento e criar muita discórdia, para assim como o ditado, que diz que a alegria do palhaço é ver o circo pegando fogo, apreciando o barraco que elas construíram com inverdades e insinuações, hoje eles destroem reputações, acabam com produtos e o mais importante, desinforma e “emburrecem” os cidadãos.

Se você hoje entende que precisa desenvolver sua imagem usando o meio digital, seja para conseguir um novo trabalho, ampliar o grupo de amigos ou se projetar politicamente, te aviso: tomem cuidado com os fofoqueiros digitais.

O que chamávamos de calunia/mentira/inverdade/insinuação, hoje chamamos de fake news. A fofoca ganhou o status e o peso de notícia. Diferente de antes, com as fofoqueiras, que o imbróglio ficava nos limites da vila, hoje a fake news tomam o mundo. Na vila era muito fácil chamar a fofoqueira às falas, tirando sua credencial de “informadora” e lhe imputando a pecha de “fofoqueira”.

Nos dias atuais, muitas pessoas ganham dinheiro, e não é pouco, emprestando sua imagem para divulgar uma marca, dar opinião, defender uma causa, etc. O problema é quando essas pessoas usam sua penetração, sua audiência, para falar de assuntos que não entendem a troco de umas “merrecas”. Todos os dias vemos nas redes sociais postagens defendendo as coisas mais bizarras sem nenhuma responsabilidade com a verdade. “Me paga que eu falo o que você quiser” é o mantra desses influenciadores digitais. Não existe o cuidado com a pesquisa sobre o assunto, nem o compromisso com o bem-estar geral. O importante é faturar. A fofoqueira de antes via o que queria. A de hoje vê o que lhe convém. O objetivo é fazer de bobo, enganar e iludir os milhões de seguidores com a complacência das redes sociais.

Diferente “das antigas”, a “fofoqueira” era um adjetivo que ninguém queria ter. Hoje os “digital influencers” ganharam até uma edição de reality show. Não brinquem com os “digitais influencers”. Se você tem que ir para o meio digital, estude os influenciadores de plantão, entenda como eles funcionam e como trabalham a sua informação. Se seu intuito é usar o meio digital para divulgar seu negócio, seu produto, uma plataforma política, etc. A sugestão é que contratem um profissional da área, qualificado e com experiência. Você não irá querer, por falta de conhecimento, ou simples economia, ver um fato da sua vida ou da sua empresa ser convertido em fake news e por tudo a perder.

2 Comentários em "A fofoca e seu poder na era digital"

  1. Em 2020 todos sofremos aprendemos e evoluímos…
    Juntos com vocês atravessamos este período impar !
    Desejo a todos um 2021 maravilhoso que desta vez seja realmente um grande recomeço de todos com valores ja conhecidos mas desta vez solidificados em nos.

  2. Nossos votos sao de um ano novo em possamos respeitar nosso semelhante e darmos a todos os melhor de nos. Seja bem-vindo.

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