Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) fez o alerta na semana passada
na última sexta-feira (11) novas informações sobre a situação do desmatamento na Amazônia. De acordo com os dados apresentados, 199 km² desmatados foram desmatados entre 1º e 28 de fevereiro de 2022, 62% a mais do que no mesmo mês em 2021.
Porção da Amazônia desmatada em Rondônia
A área com alertas de desmatamento é a maior em relação a essa época do ano desde 2016, quando o INPE iniciou as medições. O recorde se concentra nos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso.
Considerando os alertas de desmatamento de janeiro, que somaram 430 km², os dois primeiros meses de 2022, juntos, correspondem a assustadores 629 km², três vezes maior do que os 206 km² do ano passado. “Isso tudo em um período no qual o desmatamento costuma ser mais baixo por conta do período chuvoso na região”, afirma Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil.
Área da Floresta Amazônica destruída por incêndios
Segundo ele, um aumento dessas proporções denuncia a inexistência de políticas públicas de combate ao desmatamento na Amazônia, o que é reflexo do atual governo. A falta de uma legislação que controle e puna crimes ambientais faz com que áreas cada vez maiores sejam desmatadas, aumentando a emissão na natureza de gases do efeito estufa, por exemplo.
A crise climática é uma das principais consequências do desmatamento e, a medida que o tempo passa, parece ainda mais irreversível. “Os dados de fevereiro apontam para mais um ano em que o Brasil caminha na contramão do combate à destruição ambiental e dos direitos dos povos indígenas”, conclui Batista.
Por Roanna Azevedo – Hypeness