Hormônios importantes são liberados para o corpo e a mente durante a atividade física

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Foto Marcus Aurelius

47% dos brasileiros adultos não chegam a praticar a quantidade mínima de exercícios recomendada semanalmente

Já são comprovados os benefícios da prática de atividade física para a saúde física e mental. Durante o exercício, o sistema endócrino produz (ou ativa) muitos tipos de hormônios, que causam diferentes respostas em nosso corpo, principalmente a melhora do bem-estar.

Mesmo com a comprovação científica dos ganhos de se praticar atividade física, o brasileiro é pouco engajado, como aponta a educadora física Alaíde Martins. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde feita pelo Ministério da Saúde apontam que 47% dos brasileiros adultos não chegam a praticar o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda: 75 minutos de atividade física intensa ou 150 minutos de exercícios moderados durante a semana.

De acordo com a educadora, o isolamento social causado pela pandemia aumentou as taxas de sedentarismo e as ocorrências de doenças físicas e mentais no Brasil. “Com uma população cada vez mais sedentária, e os níveis de transtornos psicológicos mais abrangentes, praticar atividades físicas tornou-se parte fundamental da rotina de um indivíduo que busca equilíbrio e bem-estar”, afirma Alaíde.

Os principais hormônios liberados ou ativados durante a atividade física

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Foto Daniel Reche

Alaíde destaca os hormônios mais comumente presentes em nosso corpo após a prática de exercícios.

Adrenalina. Essa substância é liberada para aumentar a frequência cardíaca e acelera a queima de calorias.

Noradrenalina. É produzida pelo sistema endócrino durante exercícios muito intensos e responsável por aumentar as taxas de glicemia e possui ação vasodilatadora.

Endorfina. Esse é o hormônio responsável por aliviar dores, reduzir a ansiedade e traz a sensação de bem-estar para o corpo. Ele também atua no nosso desenvolvimento mental e físico, além de equilibrar os níveis emocionais, auxiliando no funcionamento do nosso organismo e melhorando a saúde como um todo.

“Os baixos níveis de endorfina podem trazer sérias consequências para o corpo, como estresse excessivo, incluindo irritabilidade, tristeza, resultando em graves problemas, entre eles ansiedade, depressão, enxaqueca crônica, fibromialgia, entre outros”, alerta a educadora física.

Estudos comprovaram que já é possível associar a liberação da endorfina às atividades moderadas. Isto é, de 60% a 80% de sua máxima capacidade executados durante cerca de 40 minutos a 1 hora, ou mais, com predominância das atividades aeróbicas. Mas a profissional enfatiza que o indivíduo precisa chegar próximo ao seu limite máximo de gasto energético, ou seja, a exaustão.

Saúde da mulher

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Foto Andrea Piacquadio

Alaíde destaca que a prática de atividade física é essencial para a saúde da mulher.  “Ao se manter uma rotina ativa de atividades físicas constantes, os níveis de endorfina aumentam em repouso, fazendo com que a substância auxilie na regulação do equilíbrio menstrual, e trazendo mais qualidade de vida”, revela a especialista.

A falta de exercícios físicos também pode estar relacionada a problemas de saúde, incluindo irregularidades e alterações no ciclo menstrual, bem como os sintomas da TPM. Alaíde pontua que é preciso levar em consideração os limites adequados das atividades físicas para não ter um efeito reverso e, por exemplo, aumentar os níveis de endorfina, o que pode acarretar a inibição do ciclo menstrual.

“É fundamental praticar atividades físicas não apenas por questões estéticas, mas também para qualidade de vida e saúde mental e emocional”, finaliza a educadora física.

Por Saúde em Dia

Fonte AlaídeMartins, educadora física e coordenadora técnica da Fit Anywhere.