História de luta

Foto PMCG

Em propriedade de um hectare, Reni produz verduras para quatro restaurantes

O trabalho que a Prefeitura de Campo Grande desenvolve para fortalecer o agronegócio tem ampliado a participação do setor no desenvolvimento econômico do município, e passa necessariamente por histórias como a de Reni Ramos de Morais, pequeno produtor da região da Chácara das Mansões, comunidade agrícola localizada na BR-163, a 30 km do centro da Capital.

Numa pequena área de apenas um hectare, que recebe o nome de Chácara Santa Luzia, Reni Morais conseguiu formar 14 canteiros de horta com folhagens e legumes e 10 estaleiros de 50 m cada com plantação de maracujá, além de uma pequena plantação de abacaxi.

“Comprei e me instalei há dois anos nesta área com intenção única de plantar maracujá, um sonho antigo que agora estou tentando realizar”, conta Reni, enfatizando que essa é sua primeira experiência como produtor. “Gosto muito de cuidar da terra, mas somente há dois anos tive oportunidade de adquirir uma área para me tornar produtor. Consegui avançar nessa proposta, mas permaneço em busca de ajuda para ampliar conhecimento e desenvolver melhor meu trabalho”, comenta Reni.

Essa ajuda que o produtor precisa está chegando através da equipe técnica da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), que realizou visita à propriedade do Reni para avaliar as necessidades e propor soluções, tanto no cuidado da terra e da produção quanto nas questões administrativas.

Letícia Patrícia de Castro Barbosa, engenheira agrônoma integrante da equipe da Sidagro que visitou a propriedade do Reni. Ela identificou que a produtividade dos cultivos está baixa e deu orientações de como melhorar o sistema de cultivo. “Explicamos que será necessário realizar uma análise química do solo, para que com o laudo possamos fazer a recomendação do manejo mais adequado”, afirma Letícia.

Além disso, o produtor esclareceu dúvidas relacionadas à emissão de inscrição estadual para produtor familiar, de Nota Fiscal, controle de rendimentos provenientes da produção agrícola e também sobre a importância da emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) junto à Agraer.

Foto PMCG

História de luta

Assim que adquiriu a propriedade e se instalou na chácara, Reni Morais enfrentou o primeiro problema: as formigas. “A propriedade já tinha uma casa boa, mas a quantidade de formigas era grande e tive que resolver rápido esse primeiro problema para iniciar minha plantação de maracujá”, afirma Reni. No seu terreno não havia ‘olheiros’ de formigas, elas vinham de fora, de terrenos vizinhos. Foram dias difíceis, conta, mas ele venceu a batalha. “Combati os insetos e iniciei meu plantio”.

Além do maracujá, o produtor decidiu preparar um canteiro com verduras para consumo próprio. Tratou a terra e conseguiu excelente produção de verduras em quantidade muito maior do que ele e a esposa – dona Eurides – precisavam. Eles moram sozinhos na Chácara Santa Luzia.

Foi aí que ele entendeu que tinha um negócio. Ele então aumentou sua produção de verduras e legumes, já que a qualidade da terra permitia isso, criando condições para comercialização da produção. Diversificar a produção poderia ser uma boa saída na geração de renda. O produtor visitou pequenos mercados e restaurantes na Capital, oferecendo as verduras. Obteve sucesso!

“Atualmente atendo pequenos mercados e quatro restaurantes de Campo Grande com verduras sadias que entrego semanalmente”, explica Reni, entusiasmado com o resultado do seu trabalho. Apesar da idade avançada (73 anos), Reni trabalha sozinho no cuidado da terra, plantio e colheita da produção.

O agronegócio – urbano ou rural – permanece como esperança de alavancar o desenvolvimento econômico pós-pandemia. O setor é um dos motores da economia nacional. A agricultura familiar é um dos mais importantes elos dessa cadeia produtiva.

Por PMCG