Inteligência artificial chega à pecuária

Objetivo é compor uma tríade de atuação no campo: diagnóstico por software, consultoria técnica e uso de soluções nutricionais

Essa será uma das estratégias que a DSM, empresa holandesa voltada à nutrição e saúde animal, traçou para o Brasil em 2023. Segundo nota publicada pela Forbes, “o objetivo é compor uma tríade de atuação no campo: diagnóstico por software, consultoria técnica e uso de soluções nutricionais”.

Um fator que possibilitou que a DSM avançasse com essa estratégia foi a aquisição da Prodap, empresa brasileira de tecnologia e inteligência de processos com mais de 40 anos de história e responsável pelo desenvolvimento do 1º software para gestão pecuária do Brasil – só em 2021, a empresa faturou R$ 3,92 bilhões. O valor da transação não foi divulgado.

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Os softwares da Prodap serão “a chave dessa nova etapa da DSM”. Só para se ter uma ideia, entre junho e setembro de 2022, período no qual a aquisição ainda não havia sido aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o número de fazendas que utilizam os softwares da Prodap saltou de 5.000 para 6.000.

Qual a grande vantagem do software da Prodap? Algoritmos de Inteligência Artificial (IA) que possibilitam o monitoramento das propriedades e dos rebanhos. Sendo ainda mais específico, temos que falar sobre o Lore.

Lançado pela Prodap em 2021 – e o responsável por fazer brilhar os olhos da DSM – “o sistema de IA faz diagnósticos assertivos e acompanha as informações da fazenda em tempo real”, como, por exemplo, levantar dados sobre a qualidade da água oferecida aos animais.

E sabe qual o tamanho do banco de dados que o Lore possui para ajudar na tomada de decisões? 4,27 milhões de dados, fora o que consegue coletar semanalmente (em torno de 51.000 informações).

Exemplos na prática

No caso de supervisores de confinamento, por exemplo, as informações oferecidas pela IA os ajudará a tomar decisões de forma mais rápida e assertiva com respeito à dieta de um determinado grupo, pois conseguem mostrar as “possíveis alterações metabólicas que podem afetar a engorda”.

Visão panorâmica

O Brasil possui mais de 196 milhões de bovinos e deve concluir 2022, novamente, como o maior exportador do mundo. Foram US$ 12,5 bilhões obtidos através de exportação até o momento. E, na teoria, com essa tecnologia sendo mais aplicada, maior será a rentabilidade no campo e, consequentemente, melhor o desempenho desses números.

Por G4 News