SERÁ QUE AGORA ELE VAI PAGAR O PATO TAMBÉM?

Investigações envolvendo o senador Flavio Bolsonaro, o "Zero1" também contribuíram para a queda. Foto Adriano Machado

Senador Flávio Bolsonaro confessa que seu ex-assessor na ALERJ Fabrício Queiroz pagava suas contas pessoais

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), investigado pelo suposto esquema de rachadinha quando era deputado estadual pelo Rio de Janeiro, admitiu pela primeira vez que o seu ex-assessor Fabrício Queiroz pagava parte das suas despesas pessoais.

Em entrevista ao jornal O Globo, o filho de Bolsonaro disse que Queiroz pegava dinheiro dos funcionários de seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) sem seu conhecimento e sem que qualquer um dos servidores tenha falado sobre isso ao longo de anos.

“Pode ser que, por ventura eu tenha mandado, sim, o Queiroz pagar uma conta minha”, afirmou Flávio em entrevista aos jornalistas Paulo Cappelli e Thiago Prado. “Eu pego dinheiro meu, dou para ele, ele vai ao banco e paga para mim.”

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, 11 assessores vinculados ao parlamentar repassaram ao menos R$ 2 milhões a Fabrício Queiroz de 2007 a 2018, sendo a maior parte por meio de depósitos em espécie.

O senador Flávio Bolsonaro nega que o pagamento das contas fizesse parte de um esquema criminoso no seu gabinete na Alerj. “Querer vincular isso a alguma espécie de esquema que eu tenha com o Queiroz é como criminalizar qualquer secretário que vá pagar a conta de um patrão no banco”.

De acordo com relatório do antigo Coaf (Conselho de Atividades Financeiras), Queiroz movimentou R$ 7 milhões de 2014 a 2017.

Fabricio Queiroz foi assessor do então Deputado Flavio Bolsonaro na ALERJ Foto SBT

Prisão de Queiroz

Fabrício Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro.

No dia 9 de julho, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, concedeu prisão domiciliar a Queiroz, mas o subprocurador-geral da República, Roberto Luís Oppermann Thomé, pediu a derrubada da decisão.

Por Catraca Livre