Uma tentativa de sensibilizá-lo para sentir em seu corpo a liberação de hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar e alegria
Uma criança doou sangue para seu irmão que sofria de leucemia. O médico sentou-se na cama ao seu lado para dizer que tudo havia corrido muito bem e acrescentou: “Pronto! Tudo já foi feito”. A criança então perguntou: “Doutor, que hora então eu vou morrer?” (Assim ela pensava que aconteceria por doar seu sangue para salvar a vida de seu irmão).
Outro caso: Um professor punia um de seus alunos por chegar todos os dias atrasado à sua aula. Ele era quieto e recebia a punção sem dizer uma palavra. Um dia, indo para a escola por outro caminho, o professor viu aquele seu aluno, pouco antes do início das aulas, empurrando com muita dificuldade, seu irmão mais velho numa cadeira de rodas, por ruas esburacadas. Foi então que o professor entendeu o motivo dos atrasos daquele seu aluno.
Mais tarde, ao recebê-lo atrasado para a aula, o professor, sem dizer nada diante do menino, se abaixou e o abraçou apertado, com os olhos lacrimejados.
A razão de trazer aqui esses dois casos é na tentativa de sensibilizá-lo para sentir em seu corpo a liberação de hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar e alegria.
Deus, na sua infinita sabedoria, criou corpos humanos perfeitos, capazes de alcançar a plenitude da felicidade se este estiver alicerçado nos bons princípios morais e espirituais. O indivíduo que executa ações simples como empatia, amor e ajuda ao próximo, por exemplo, provoca a liberação de um grupo de hormônios em seu corpo, responsáveis pela sensação de bem-estar e felicidade.
Entre esses hormônios a ciência comprova a existência do “Quarteto da felicidade”, que é formado pelos hormônios Endorfina, Dopamina, Serotonina e Ocitocina, que são neurotransmissores que atuam como mensageiros químicos, transportando, estimulando e equilibrando os sinais entre neurônios, células nervosas e outras células do corpo humano.
Além de sensações, eles podem afetar uma ampla variedade de funções físicas, incluindo frequência cardíaca, sono e apetite. Cada um deles tem as suas características e particularidades, agindo de maneira diferente no corpo e trazendo diversas reações no organismo.
ENDORFINA inibe a irritação, o estresse, a ansiedade e a depressão. Fortalece a imunidade contribuindo para a sensação de satisfação e felicidade. É também um analgésico natural do corpo.
A prática de exercícios físicos, meditação, dar boas gargalhadas e ouvir músicas são formas de liberação da endorfina.
DOPAMINA quando é liberada provoca a sensação de prazer e aumenta a motivação. Além disso, está envolvida nas emoções, nos processos cognitivos, no controle dos movimentos, na função cardíaca, no aprendizado, na capacidade de atenção e nos movimentos intestinais. Seus níveis podem ser aumentados através do consumo de alimentos ricos em tirosina como ovos, peixe, carnes e feijão.
SEROTONINA é uma mensageira do organismo que ativa regiões do cérebro ligadas ao bem-estar. Ela é como um termômetro, regulando certas ações do nosso organismo, como o humor, sono, temperatura corporal, sensibilidade e funções cognitivas. Para manter seus níveis de equilíbrio, procure comer alimentos ricos em triptofano (chocolate preto, castanha do Pará, cereais integrais, tomate, abacaxi, banana, leite e derivados e carnes magras).
OCITOCINA é conhecida como o hormônio do amor. Possui diversas funções e muito mais complexas do que se pode imaginar. Está também ligada ao vínculo entre mãe e filho e ao vínculo entre casais. A ocitocina, juntamente a outros neurotransmissores, diminui as respostas de ansiedade e estresse nas interações sociais, possui efeitos benéficos em pessoas com esquizofrenia e autismo e garante uma melhor satisfação de homens e mulheres. Também está relacionada com o desenvolvimento de confiança, generosidade e empatia.
Sabe aquela sensação gostosa de quando pratica um ato de bondade, de caridade, de ajuda ao próximo? É a ocitocina em ação em nosso organismo. Nos faz sentir bem e também quem recebe a ação e até quem assiste a boa ação sendo praticada.
Então, para alcançarmos a felicidade plena, temos que alicerçar nossos atos e ações nos ensinamentos de Jesus Cristo, além dos cuidados físicos com exercícios e boa alimentação. Devemos também assistir nosso próximo, para que as descargas de hormônios da felicidade entrem em ação e dessa forma, corpo e espírito estejam sempre em comunhão com o Senhor.