Lamentavelmente muitos só “acordam” no final da vida, quando estão velhos e/ou doentes
Quando Deus disse que é mais fácil um camelo passar por um buraco de agulha, que um rico entrar no Reino dos Céus, creio que não se tratava de nenhuma acepção de pessoa de grandes posses, mas sim ao fato dela normalmente se dedicar tanto, senão exclusivamente a esse propósito, deixando de lado os verdadeiros e mais importantes sentidos da vida, ligados ao fortalecimento espiritual, que todos devem buscar.
Na contemporaneidade, muitos grandes empresários, donos de fabulosas fortunas, comprovam isso. Depois de passarem uma vida inteira juntando riquezas e muitas delas às custas não só de trabalhadores mal remunerados, mas também de filhos, que não foram acompanhados no seu crescimento e que por conta disso, nem sempre bem educados, e outros valores deixados de lado. No final da vida sentem um desejo desesperado de procurar reparar tudo isso e recuperar o tempo perdido. Na maioria dos casos, tarde demais.
No passado, entre tantos exemplos, temos o de Alexandre, O Grande, que quando estava morrendo, chamou os seus generais para dizer seus 3 últimos desejos:
1 – Que somente os melhores médicos da época carregassem o seu caixão;
2 – Que toda a sua riqueza fosse espalhada pelo caminho, até à sua sepultura;
3 – Que suas mãos ficassem soltas, livres, balançando ao vento e que todos pudessem vê-las.
Espantados, seus generais pediram que explicasse e ele lhes disse:
– Quero que vejam que mesmo os melhores médicos não têm poder de cura perante a morte;
– E que toda riqueza adquirida na Terra, permanece na Terra;
– E minhas mãos livres balançando ao vento é para que todos entendam que nascemos de mãos vazias e partimos de mãos vazias, até que o que há de mais precioso se acabe: o tempo!
E quem já não testemunhou pessoas no leito de morte que concluíram que dariam toda sua fortuna, todos os seus bens materiais, em troca de um tempo mais de vida, mesmo nos dias, semanas ou meses, para que pudessem viver de maneira melhor, procurando desfrutar do verdadeiro sentido da vida?
Ao longo da jornada já ouvi, inclusive de parentes amados, no leito de morte, que gostariam de viver mais para poder viver “diferente”. Apreciar cada amanhecer, respeitar e amar mais as pessoas e elevar as mãos aos céus todos os dias em agradecimento a Deus pelo dom da vida.
Mais cedo ou mais tarde, todas as pessoas acabam compreendendo que Deus e Jesus Cristo são soberanos e que de fato inexiste outro caminho para se alcançar a felicidade plena aqui na Terra e a salvação para a eternidade se não for por intermédio Deles.
Entendem que nenhum outro objetivo na vida é maior ou melhor que o de encontrar o caminho que o Senhor deixou para todos nós, pelo qual podemos, com Ele, seguir a grande jornada alicerçados nos bons princípios morais e espirituais.
Todo indivíduo que encontra o caminho e o segue, é feliz, seguro e alegre. Enfrenta todos os obstáculos com a cabeça erguida, pois sabe que nunca está só. O Senhor está com ele dando toda força necessária para seguir sempre em frente, triunfante.
E não é que juntar riqueza é ruim. Porém, desde que a pessoa o faça de maneira honesta, fruto de seu trabalho e que não negligencie outras coisas importantes como a família, o próximo e o Senhor acima de tudo. Por intermédio das Escrituras Sagradas Ele explica sobre como devemos proceder no dia a dia: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6:33)
E mais: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt. 6: 19, 20)