O tempo seco e acinzentado de Campo Grande tem chamado a atenção nos últimos dias e segundo especialistas do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), uma forte fumaça de incêndios no Pantanal que viajou cerca de 430 km, aliado a outros fatores, tem contribuído para o fenômeno.
De acordo com a especialista do Cemtec, Franciane Rodrigues, as nuvens também contribuíram para essa condição.
“Como a quantidade de fumaça é significativa, estamos observando via satélite o movimento dos ventos direcionados. Conseguimos notar a fumaça saindo da região pantaneira e chegando até o centro e norte do estado”, explicou ao G1.
Segundo o meteorologista Natálio Abrão, a fumaça e nevoa seca espessa só acabarão quando chover, enquanto isso, a situação pode piorar dia após dia. A previsão de chuva para Campo Grande é somente para o próximo domingo(16).
Ainda conforme Abrão, a massa de ar seca normalmente provoca névoa seca e após dez dias sem chuva, a poeira, aliada as queimadas com fumaça se fortalecem deixando essa névoa mais intensa: ” Se isto continuar a tendência é a visibilidade cair mais e os aeroportos fecharem”, finaliza.
Por Flávio Dias, G1MS