Revolução da IA: ChatGPT e o futuro do trabalho

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A história da humanidade é marcada por revoluções, momentos em que um evento, uma invenção ou um movimento popular causam uma mudança de rota na sociedade

Atualmente, com o avanço e disseminação da tecnologia do ChatGPT e outras inteligências artificiais (IA) semelhantes, tenho convicção de estarmos passando por um destes momentos revolucionários.

O ChatGPT é uma IA baseada em um modelo avançado de linguagem capaz de entender, aprender e gerar textos em diversos idiomas, produzir trabalhos de alta qualidade em poucos segundos. Esta tecnologia pode desenvolver documentos, escrever artigos, elaborar estruturas de trabalho, checklists de atividades, otimizações de processos e muito mais. As possibilidades de uso são incontáveis e muito de seu potencial ainda é inexplorado.

Na minha opinião, ela é exatamente o tipo de tecnologia que nos dá a oportunidade de mudar a dinâmica de trabalho como conhecemos atualmente. Veja!

Com a Revolução Agrícola, nós, homo sapiens, deixamos de ser caçadores-coletores para nos tornarmos agricultores. Desde então, a correlação entre produção e tempo de trabalho era direta e linearmente proporcional. Ou seja, quanto mais queríamos produzir, mais tempo precisávamos trabalhar. Com a Revolução Industrial e diversas evoluções tecnológicas, ao longo dos anos essa ligação entre produção e tempo de trabalho foi se dissolvendo.

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Hoje, com tecnologias de inteligência artificial, a quebra desta correlação nunca esteve tão evidente. Vivemos em um novo mundo no qual os meios de produção se tornaram tão eficientes que se pode produzir cada vez mais com menos tempo de trabalho humano.

Considerando que entre 50% e 80% do nosso tempo é gasto com comunicação, a criação de uma tecnologia (ChatGPT) que tem a capacidade de otimizar essa comunicação por meio de um modelo de aprendizado e aprimoramento constante tem o potencial de elevar nossa produtividade a patamares nunca antes atingidos.

Algumas empresas já utilizam o ChatGPT em sistemas de atendimento ao cliente, gerenciamento de agendas, processamento de dados e automação de processos, tornando as atividades mais eficientes e ágeis. Isso quer dizer que a IA já é uma realidade e que diversas empresas estão economizando tempo e recursos graças a inteligências artificiais. Isso possibilita que os funcionários se concentrem em atividades mais estratégicas e de maior valor agregado.

Mas, é apenas o início, e as possibilidades a serem exploradas são inúmeras. É por isso que, como disse o especialista em inovação Walter Longo em uma de suas palestras, acredito que “no futuro, as pessoas serão pagas para estudar e aprender, e não para trabalhar”.

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Por Victor de Almeida Moreira é engenheiro de produção, com MBA em Engenharia de Custos, gestor de projetos da Mineração Rio do Norte (MRN) e autor do livro (Auto)liderança Antifrágil, publicado pela Editora Gente