5G completa um ano e avança pouco no Brasil

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Para especialista, a tecnologia se expandiu muito abaixo do que poderia

Ao completar um ano de ativação nesta quinta-feira (06/07), o 5G pouco avançou no país, na avaliação de especialistas em inovação tecnológica. Para eles, essa expansão ao longo desse período, foi pequena diante do que essa geração de tecnologia pode oferecer de benefícios e agilidade à sociedade em geral. Hoje, o país registra uma cobertura em 315 municípios.

Dessa forma, o 5G já alcançou mais de 10 milhões de usuários nessas cidades, segundo o Sindicato das Empresas de Telecomunicações e Conectividade (Conexis). A expectativa é de que esse número de pessoas aumente ainda mais durante este ano, pois 1.610 municípios já receberam autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para ativar o sinal.

Porém, a ativação depende de as operadoras implantarem os equipamentos e fazerem o pedido junto ao órgão. De acordo com o especialista em tecnologia e CEO da BTTECH, Ruy Rede, o avanço dessa tecnologia ainda foi muito pouco perto do que ela pode oferecer.

“As propagandas criaram as expectativas de um mundo totalmente novo com experiências incríveis, mas os usuários finais ainda vivem os problemas de conexão e queda de linha. Talvez o lado de games tenha sentido melhor este avanço, mas ainda há muito a se fazer para que a tecnologia tenha seu aproveitamento”, avalia.

O CEO da BTTECH vai mais além e destaca que as companhias de telefonia não têm um incentivo financeiro para acelerar esses processos. Com isso, querem acentuar os investimentos feitos nas tecnologias anteriores.

“As empresas ainda não descobriram a fórmula ideal para transformar essas novidades (do 5G) em margem de lucro. O pensamento não está errado, mas atrasa o processo de chegada da tecnologia às mãos do cliente final”, analisa. O especialista avalia quais serão os próximos passos do 5G no país:

Economicamente viável

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O especialista afirma que, apesar de empolgante, a tecnologia precisa ser útil e economicamente viável para se manter. Por isso, há a necessidade de se criar novos produtos voltados para a tecnologia.

“Já existem telefones e outros produtos de IoT (conectados à internet) suficientes no mercado para que as empresas criem novos serviços e produtos baseados nessa nova realidade. Há demanda para absorver a criatividade de muitas coisas que os usuários finais sequer imaginam a existência”, ressalta o especialista.

Agentes inovadores e inventores

O CEO da BTTECH afirma que o 5G abriu tantas possibilidades. No entanto, ainda aguarda agentes inovadores e até mesmo inventores de produtos para a nova tecnologia. Para ele, esses personagens farão com que a utilização da tecnologia aconteça numa rapidez típica dessa geração tecnológica.

“Se olharmos a história, o telefone levou mais de 50 anos para atingir 50 milhões de usuários e a internet um pouco mais de 3 anos. A diferença do mundo atual é enorme e agora a expectativa é que tudo aconteça na velocidade do 5G.

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Sobre a fonte

Ruy Rede é engenheiro eletrônico, pós-graduado em marketing, especialista em Compliance, segurança de dados, inovação tecnológica e automação e CEO da BTTECH, lawtech com soluções para o setor Jurídico.

Sobre a BTTECH

A BTTECH é uma lawtech fundada pelos mesmos sócios do BTLAW, escritório com mais de 70 anos de atuação. Criada com o objetivo de oferecer ferramentas digitais que facilitem o dia a dia das empresas, com menos papel e mais tecnologia, a startup une a expertise jurídica do escritório com a de desenvolvedores de softwares.

Dentre os produtos, o BTDOCS, um software de gestão de contratos; o BTCORP (solução para publicação das informações exigidas pela Lei das S.A. na internet) e o OPEN BANKING (infraestrutura pronta que simplifica a implantação da operação de Open Finance nas instituições, segundo as regras da LGPD e do Banco Central).

Por Eric Fujita