Clássico da Semana

MORTADELA

Maddalena Ciarrapico (Sophia Loren) é operária numa fábrica de salames na Itália. Ela vai para Nova York para encontrar seu noivo, e leva para ele de presente uma mortadela gigante, mas acaba ficando detida na alfândega, por causa de uma lei norte-americana que controla a importação de embutidos. O caso acaba tomando uma proporção enorme quando um repórter (William Devane) faz uma matéria explorando o assunto, chamando a atenção da população e dos políticos. (sinopse Adoro Cinema)
Se você assistiu ao filme “O Terminal” com Tom Hanks dirigido por Steven Spielberg e achou que tratava-se de um roteiro “superoriginal”, saiba, não é. O ditado “nada se cria, tudo se copia”, em Hollywood é uma máxima. Diferente da época, onde o romance e o amor era o que interessava ao povo no mundo todos, em “Mortadela” (1971), em 2004 de “O Terminal”, era guerra e consequência políticas elevadas ao cotidiano na famigerada “globalização”.
Mario Monicelli, diretor de “mortadela”, trás a espetacular e exuberante Sophia Loren, junto com uma mortadela como protagonista desse belo e divertido filme. Não se espante se encontrar nas cenas (guardadas as nuances do enredo) cenas absolutamente iguais aos da cópia de 2004 de Hollywood.
Mario, meticuloso com uma direção muito limpa, trazendo e explorando os melhores atributos dos atores é um diretor que obteve muito sucesso, na sua ficha corrida tem nada mais nada menos que: O Incrível Exército de Brancaleone, Meus Caros Amigos, Tomara que Seja Mulher e Um Burguês Muito Pequeno.
No cinema ou em casa, para assistir esse clássico é bom preparar um lanchinho. Aconselho um sanduíche de mortadela na ciabatta, manteiga com sal, fresca e figos pressionados dentro do pão para que vire uma pasta. Um bom Chianti é o vinho aconselhável.
Esse maravilhoso filme, falando de amor e comida me obrigou, mesmo não sendo a coluna especializada, trazer uma receita de comida para acompanhar que não fosse a “hors concours” e surrada pipoca.

Por José Ribas Woitschach