Logística reversa é solução para o aquecimento econômico e sustentável do Brasil

Processo de descarte correto de produtos deve gerar 40 mil empregos no país

A logística reversa, prática em que os resíduos são coletados para o reaproveitamento de empresas ou descarte ambiental correto, é uma estratégia essencial para a sustentabilidade do país, mas a adoção do procedimento ainda está em fases iniciais no Brasil.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil gerou cerca de 81,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos de cidades no ano passado. Mas, a quantidade reciclada chegou apenas a 4% do total.

Em 2010, a Lei nº 12.305 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em que fabricantes, fornecedores e comerciantes compartilham a responsabilidade da gestão dos resíduos que são gerados pelos produtos desenvolvidos e comercializados. A legislação ainda determina que as empresas que não se responsabilizarem estão sujeitas a multas e sanções.

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“Entre os principais desafios da implementação da logística reversa está a infraestrutura limitada de algumas regiões, conscientização ambiental e dúvidas sobre a eficácia do processo. Mas, setores como o de eletrônicos, medicamentos e embalagens, por exemplo, já têm apresentado um fortalecimento no quesito de reciclagem de produtos”. Diz Bruno Cairo, CEO da transportadora Bulog.

A Bulog, empresa que atua diretamente como transportadora e fornecedora de estrutura tecnológica, tem como uma de suas frentes atender às demandas de transporte de logísticas reversas. “A demanda por logística reversa ainda não é forte, mas a tendência é aparecer cada vez mais com maior frequência nos próximos anos. É uma agenda em alta”. Complementa Bruno.

Por Carolina Lopes