Congresso Nacional Mulheres pela Paridade discute equidade de gênero em espaços de poder

Divulgação PMCG

O evento acontece até hoje (04) no auditório do Bioparque Pantanal, em Campo Grande

Teve início nesta quinta-feira (03) o 1º Congresso Nacional Mulheres pela Paridade, realizado pelo Fórum Permanente pela Paridade Institucional e Política das Mulheres. O evento reúne lideranças femininas, mulheres da área acadêmica e especialistas para discutir estratégias e buscar soluções para os desafios enfrentados pelas mulheres na busca por uma representação igualitária.

Ao longo dos dois dias de evento, serão ministradas diversas palestras com painelistas de vários segmentos, dentre elas, a Ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Maria Claudia Buchianeri Pinheiro e a Senadora da República, Tereza Cristina, abordando questões relacionadas à participação das mulheres em todas as áreas da sociedade.

Thaize de Souza Reis. Divulgação PMCG

“É um prazer estar nesse evento tão importante onde se discute um assunto de tamanha relevância para todas nós porque, numa sociedade patriarcal não é possível alcançar a plena participação das mulheres sem medidas específicas para esse fim”, salientou a doutora em psicologia e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Thaize de Souza Reis, que abriu o ciclo de palestras com o tema “A equidade na perspectiva de gênero, raça e classe”.

De maneira inclusiva, as palestras em formato de painéis de discussão oportunizam aos participantes a possibilidade de interagir com especialistas renomadas e se inspirar com histórias de sucesso de mulheres que quebraram barreiras e abriram caminho para outras.

“A nossa missão é buscar caminhos para que a paridade aconteça na prática. Na Prefeitura de Campo Grande, dos 34 cargos de liderança, 24 são ocupados por mulheres. Não queremos disputar espaço com os homens, queremos trabalhar ombreado, contribuindo. Já estamos implementando e executando a paridade no Município e vamos seguir trabalhando para que isso não fique só no âmbito do Poder Público Municipal, mas em todas as esferas de Poder”, destacou a chefe do Executivo Municipal, Adriane Lopes.

“Estamos comemorando 2 anos de instalação do Fórum Permanente pela Paridade Institucional e Política das Mulheres e celebramos essa data com a realização do 1º Congresso Nacional Mulheres pela Paridade. Esse debate é fundamental para que nós possamos avançar na paridade entre homens e mulheres nos espaços de poder e decisão. É de extrema importância, tanto do ponto de vista da representatividade política das mulheres, quanto também nos espaços onde são formuladas e executadas políticas públicas que influem no desenvolvimento socioeconômico e político da nossa sociedade”, acrescentou a representante do Fórum Permanente pela Paridade Institucional e Política das Mulheres e subsecretária de Políticas para as Mulheres, Carla Stephanini.

Reforçando compromisso com a defesa dos direitos das mulheres em busca da equidade de gênero e da representação feminina em espaço de poder, na abertura do Congresso foram formalizadas as adesões de quatro instituições que passam a compor o Fórum Permanente Pela Paridade Institucional e Política das Mulheres. Além das 19 instituições, grupos de mulheres, associações e conselhos que já faziam parte, passam a integrar também o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS), Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul – PRT 24ª Região (MPT 24ª Região), Procuradoria Geral do Estado (PGE/MS) e da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (ANAPE).

Divulgação PMCG

“O TCE está muito honrado, recebemos o convite para aderir ao Fórum com bastante entusiasmo. Poder contribuir nesse ambiente com a sinergia de vários órgãos, cada um com sua especialidade, com um ponto de vista diferente, enxergando o problema de forma holística e buscando soluções”, pontuou Patrícia Sarmento dos Santos, Conselheira Substituta do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS).

“Quando a gente fala de paridade, não tem como não pensar nas relações de trabalho porque, qualquer indivíduo só consegue se justificar enquanto ser humano quando está inserido no mundo do trabalho e para as mulheres estar numa situação de equilíbrio, de equiparação com os homens no mercado de trabalho é essencial para que ela possa ter uma representatividade adequada e quando a gente fala disso, a gente percebe que há um grande desafio ainda porque, estatisticamente elas ocupam espaços em menor número, quando ocupam espaços que tem o mesmo cargo, ganham menos, além de estarem muito mais expostas a riscos de assédio moral e sexual, por exemplo. Precisamos ouvir as mulheres, saber o que elas querer efetivamente para suas carreiras, ter esse espaço de oitiva, discutir, e o Congresso é um espaço em que esse tipo de assunto vai ganhar mais visibilidade e onde podemos pensar fora da caixinha, em ações através das quais a gente consiga proporcionar esses subsídios técnicos, principalmente para quem executa as políticas públicas”, frisou a Procuradora-Chefe do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul, Cândice Gabriela Arosio.

A programação completa do Congresso Nacional Mulheres pela Paridade pode ser conferida clicando no link.

Por PMCG