Desmatamento da Amazônia tem queda de 66% em julho na comparação com o mesmo período do ano passado

Foto Felipe Werneck/Ibama

Acumulado do primeiro semestre de 2023 apresenta queda de 42% em relação a 2022

Os dados referentes a julho do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam uma queda de 66% nos alertas de desmatamento na Amazônia em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre de 2023 a queda foi de 42% frente ao mesmo período em 2022. No mês de julho, os estados com as maiores áreas de alertas foram: Pará (236,82 km²), Amazonas (92,39 km²) e Mato Grosso (85,54 km²).

Cristiane Mazzetti, porta-voz do Greenpeace Brasil, afirma que as quedas registradas no período analisado são reflexo da retomada da governança ambiental no país. “A redução, identificada tanto no mês de julho, quanto em todo o primeiro semestre de 2023, é resultado da volta da governança ambiental. O caminho para reduzir o desmatamento já existe, é muito claro e está concretizado em experiências anteriores e em recomendações da academia e sociedade civil. O que faltava era vontade política, por isso, acredito que a partir de agora, esse cenário tende a mudar e os resultados já começam a ser percebidos”, destaca.

A porta-voz do Greenpeace Brasil também faz uma ponderação, ressaltando que ainda há muito para ser feito e os desafios permanecem. “Estamos em uma corrida contra o tempo para evitar que a Amazônia atinja seu ponto de não retorno, por isso, além das medidas que já se mostraram eficientes, é fundamental que governos estaduais, federal e da Pan-amazônia abandonem a economia que se nutre de destruição ambiental, que temos hoje e construam alternativas socioeconômicas que sejam baseadas na floresta em pé e na justiça social”.

Por Milka Verissimo