Direto ao Assunto: Mara Caseiro fala sobre os avanços do Agosto Lilás

Foto Victor Chileno

“Violência não é cultural”, enfatiza a parlamentar

A tradução da Lei Maria da Penha para o Guarani é um dos grandes avanços nas ações do Agosto Lilás no estado, como conta a deputada Mara Caseiro do PSDB na entrevista ao Direto Assunto da Rádio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A parlamentar destaca esse novo momento das ações que tem a parceria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Ministério Público entre outros órgãos governamentais e entidades não governamentais, como um marco para atender e conscientizar mulheres indígenas, que podem estar inseridas em contextos de violência.

O Agosto Lilás é um mês dedicado a conscientização da Lei Maria da Penha, instituída pela Lei 4.069 de 2016 e também criou o programa “Maria da Penha vai à Escola” e nos anos seguintes foram incorporadas outras ações, como: Maria da Penha vai à Igreja, Maria da Penha vai ao Campo, Maria da Penha vai à Empresa, Maria da Penha vai à Aldeia, Maria da Penha vai ao Quilombo, Maria da Penha vai ao Bairro e Maria da Penha vai à Feira.

“O Agosto Lilás trouxe um advento de conscientização sobre os direitos das mulheres, a Lei Maria da Penha e dos meios e canais de denúncias, além de ter reforçado a rede de proteção e medidas protetivas com o uso de tornozeleira eletrônica e botão do pânico”, declarou. A parlamentar reforça a necessidade de denúncia para redução do feminicídio, “Entre as vítimas, 80% não tinham medidas protetivas”, enfatizou.

Foto Canva Studio

 Mara Caseiro também falou sobre seu projeto recém apresentado na Casa de Leis que estabelece diretrizes para criação do programa de fortalecimento da saúde mental e do enfrentamento a violência psicológica entre mulheres, chamado de Wollying. O termo Wollying é a junção de duas palavras em inglês – woman, que significa mulher e bullying, que significa atos de agressão e intimidação repetitivos contra um indivíduo.

“O Wolling é a violência praticada entre mulheres, trazendo traumas psicológicos que podem ser irreversíveis. São críticas, piadas, coisas que podem parecer pequenas e acabam impactando a vida das mulheres”, diz Mara Caseiro.

Ouça a entrevista completa no link da Rádio clicando aqui

Serviço

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

Por Lilian Veron