Setembro Amarelo: SESAU promove 1º Seminário de Prevenção ao Suicídio

Divulgação PMCG

O evento reúne centenas de profissionais de saúde e acadêmicos

Nesta quarta-feira (27), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por meio da Coordenadoria da Rede de Atenção Psicossocial da Sesau (CRAP), realiza o 1° Seminário Prevenção do Suicídio: “Vamos Falar sobre Isso!”, em alusão à campanha Setembro Amarelo – mês de valorização da vida.

O secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, destaca que o objetivo é ampliar as discussões sobre os sinais de alerta e formas de ajudar as pessoas em risco. “É um momento de troca de experiências e aperfeiçoamento. A Saúde Mental ainda é muito estigmatizada, o que reforça a importância de buscarmos formas de se debater essa temática para que haja uma melhor abordagem e, consequentemente, resultados mais efetivos no atendimento ao paciente”, diz.

O secretário lembra ainda sobre a importância de observar o comportamento do próximo e sugerir a ajuda necessária, caso haja a detecção de alteração no comportamento.
“Familiares, amigos, professores e colegas de trabalho podem ajudar a identificar sinais que exigem atenção. Que tenhamos mais empatia com o próximo e nos coloquemos no lugar do outro”, finaliza.

A coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial da Sesau, Gislayne Budib, explica que, apesar das discussões sobre Saúde Mental e prevenção ao suicídio serem intensificadas durante o mês de setembro, a Rede Municipal de Saúde está estruturada para prestar a assistência especializada à população durante todo o ano.

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“O setembro amarelo é uma campanha importantíssima e que traz visibilidade para o cuidado com a saúde mental e a luta que tantas pessoas enfrentam, mas é sempre bom lembrar que casos de depressão e suicídio acontecem durante todo o ano, por isso nossa rede é estruturada para prestar essa assistência independente da data”, reforça.

Dentro da política de Saúde Mental, os atendimentos acontecem em diversos serviços, desde às unidades básicas e de saúde da família, passando pelo atendimento especializado nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços de urgência e emergência como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros Regionais de Saúde (CRSs), bem como no serviço hospitalar.

A Rede de Saúde Mental de Campo Grande é composta por seis CAPSs, sendo quatro CAPS III, 1 CAPS A.D IV, 1 CAPS Infanto Juvenil, 1 Unidade de Acolhimento e três Residências Terapêuticas. Todas as unidades funcionam 24 horas por dia, com média de 1300 consultas ambulatoriais de saúde mental e 2000 mil atendimentos nos CAPS por mês.

Somente a Rede Municipal possui 101 leitos para atendimentos de pacientes com problemas psiquiátricos ou usuários de álcool e drogas. Além da estrutura própria, o Município conta com 12 leitos contratualizados no Hospital Regional para atendimento de pacientes álcool e droga, 33 no Hospital Nosso Lar para atendimento de pacientes com transtornos psiquiátricos. Está prevista para este ano a inauguração de mais um CAPS Álcool e Drogas, com 20 leitos.

O primeiro atendimento, para ter acesso a toda rede de saúde mental, pode ser realizado na Atenção Básica, por meio das equipes de saúde da família, reconhecendo as necessidades da população e mantendo o diálogo com a Atenção Especializada e Rede de Urgência e Emergência. Assim, são realizados os encaminhamentos necessários para os serviços adequados para receber cada pessoa.

Campanha Setembro Amarelo

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Durante todo o mês de setembro, a Sesau está realizando uma série de ações alusivas à campanha Setembro Amarelo. Na quinta-feira, dia 28, acontece o segundo mutirão de atendimentos em saúde mental. Desta vez, as equipes estarão na Chácara das Mansões. Na última sexta-feira, dia 22, a ação aconteceu no distrito de Anhanduí. Ao todo, foram quase 1 mil atendimentos realizados durante todo o dia.

Dados sobre suicídio

No primeiro semestre deste ano, foram notificadas 855 tentativas de suicídio em Campo Grande. No mesmo período, foram registrados 55 óbitos. Em 2012 foram 1.322 tentativas de suicídio e 120 óbitos. O maior número de notificações é entre o público feminino, aproximadamente 70% dos casos. No entanto, os mais vitimados são os homens.

Por PMCG