Secretários de Segurança assinam termo para combater crimes transfronteiriços em MS, SP, PR, SC e RS

Encontro de secretários de segurança começou ontem em Campo Grande. Foto Alvaro Rezende

3º Encontro Estratégico da Segurança Pública (SULMaSSP), que começou nesta quinta-feira (28), em Campo Grande

Reunidos na capital sul-mato-grossense, os secretários de Segurança Pública dos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, assinaram um termo de cooperação visando intensificar ações integradas de fiscalização, vigilância e controle nas áreas de divisas, além de promover operações e o compartilhamento de informações e troca de experiência em governança e gestão estratégica.

Presente na abertura do evento, o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha) destacou que o bloco de segurança pública, composto pelos cinco estados pode contribuir no aperfeiçoamento da segurança pública nas divisas e fronteiras, mas também na troca de experiências. “Este movimento, dialogando com inteligência, experiência e integração, fazendo compras conjuntas e propondo ao Congresso Nacional alterações na legislação, contribui sobremaneira com a segurança pública do país”, explicou.

Criado em março deste ano, o bloco atua de forma coordenada, para ampliar e fortalecer a repressão de crimes transfronteiriços (Paraguai/Bolívia/Brasil) e nas divisas estaduais, mediante uma efetiva integração operacional e de inteligência, com reflexos na desarticulação de organizações criminosas e no aprimoramento dos mecanismos de defesa social.

As ações acontecem por meio de suas Polícias Civis, Polícias Militares, Corpos de Bombeiros Militares, Polícias Científicas, Polícias Penais e Centros Integrados de Comando e Controle.

O bloco já se reuniu anteriormente em março de 2023, em Curitiba, no Paraná, e em julho, na capital paulista. Desses encontros, foi gerado um diagnóstico e um plano estratégico de atuação conjunta, que já resultou numa primeira operação realizada em maio e que culminou na prisão de 127 pessoas, 184 veículos apreendidos, 32 mil pessoas abordadas, 40 mil maços de cigarros contrabandeados apreendidos, 17 armas de fogo retiradas de circulação, e a apreensão de 3.487 mil toneladas de entorpecentes, além do cumprimento de 103 mandados judiciais.

Já a segunda edição da “Operação Divisas e Fronteiras Integradas”, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, deflagrada em julho, foram empregados 17 mil policiais dos estados do bloco.

Foto Álvaro Rezende

O anfitrião do SULMaSSP, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, afirmou que os investimentos em segurança pública promovem progresso. “Nós temos um estado pujante, com índices de criminalidade em queda. Mas, quando nos alinhamos, este trabalho se torna mais fácil, além da inteligência e integração. E é isso que estamos buscando nesses encontros”, ressaltou.

Em seu discurso, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, salientou que o encontro permite a apresentação de propostas conjuntas para a área de segurança pública.

Já o secretário adjunto de Segurança Pública de Santa Catarina, Freibergue Rubem Nascimento, pontuou que “segurança pública fortalecida é cidadão protegido”, e por isso estamos aqui para trabalhar em nome da sociedade”.

Para o secretário de Segurança Pública adjunto do Rio Grande do Sul, Mário Yukio Ikeda, o trabalho integrado entre os estados é essencial para enfrentar o crime organizado. “Para as facções criminosas não existem fronteiras e nem limites de divisas”, comentou.

De acordo com o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, a iniciativa de integrar os estados pode interromper o crime organizado. “Não deixaremos as facções criarem um estado paralelo e vamos proteger os cidadãos”, apontou.

O SULMaSSP acontece até esta sexta-feira (29) com a participação de secretários, chefes de Comando e Controle Integrado, delegados, comandantes de polícias e de bombeiros militares, peritos criminais e diretores de policias penais.

Por Alexandre Gonzaga/Comunicação – GovMS