Primavera contribui para o aumento de doenças respiratórias

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Calor excessivo e polinização podem agravar casos de alergias respiratórias e cardíacas

Com a chegada da primavera e a combinação da umidade e temperaturas elevadas, aumentam os casos de diversos tipos de alergias, como a rinite alérgica e a asma. Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) apontam que 10% da população brasileira tenha asma e 30% tenham rinite alérgica. Segundo a Associação, frequentemente, as duas doenças se manifestam juntas.

Juntamente com a rinite alérgica e a asma, a estação mais florida do ano traz consigo o aumento da prevalência da alergia ao pólen, principalmente na região Sul do país. De acordo com informações da ASBAI, 22% de crianças do Sul têm sensibilização ao pólen de gramíneas e cerca de 25% dos adultos desta região têm alergia ao pólen. Fazem parte da família de gramíneas todos os cereais, como arroz, aveia, milho, trigo, etc.

Nas pessoas alérgicas, o pólen desencadeia uma reação inflamatória, resultando em rinite e conjuntivite. Nariz, olhos e garganta coçam intensamente, acompanhados de espirros e congestão nasal. O tratamento é realizado por meio de vacinas e medicamentos antialérgicos para o controle dos sintomas, mas o controle da umidade e qualidade do ar nas residências auxilia neste processo, prevenindo problemas respiratórios.

“Um bom purificador de ar pode reter até 99,9% das impurezas, garantindo um ar limpo e saudável a nível hospitalar. Isso impacta diretamente nas pessoas que sofrem com alergias, permitindo uma maior qualidade de vida dentro de casa”, destaca Patricia Apolinário Nahas, diretora-geral da Thermomatic.

Variações da umidade relativa do ar

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Na primavera, o calor excessivo e as variações da umidade relativa do ar pioram o quadro para pessoas alérgicas. Em várias regiões do país, como em cidades litorâneas e locais próximos a rios e lagos, por exemplo, há uma combinação de alta umidade e temperaturas acima dos 28º C, formando um ambiente propício para a proliferação de ácaros e fungos (mofo) nos domicílios e demais ambientes fechados.

Ácaros e fungos são microrganismos e os principais causadores de rinites alérgicas, sinusites e asma. Objetos que acumulam muita poeira são ambientes perfeitos para a proliferação desses microrganismos, como bonecos de pelúcia, tapetes, colchões, carpetes, travesseiros, almofadas e sofás, além de ambientes com alta umidade.

“A falta de controle da umidade em ambientes fechados contribui para o aumento exponencial de ácaros e fungos. Para evitar o surgimento desses microrganismos, o ideal é termos a umidade do ar controlada. Um desumidificador proporciona um ambiente com a umidade controlada nos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 e 60% de umidade relativa do ar”, ressalta Patricia.

De acordo com a OMS, tanto o excesso quanto a baixa umidade são prejudiciais à saúde, causando problemas respiratórios:

  • Cerca de 30% da população sofre com rinite alérgica.
  • Um terço da população brasileira tem alergia a algo.
  • Sete entre dez pessoas manifestam a alergia nos olhos, nariz e garganta.

Alta umidade pode prejudicar hipertensos e cardíacos

Pessoas com hipertensão, doenças do coração, problemas pulmonares ou renais são as mais vulneráveis aos efeitos das condições úmidas, bem como os indivíduos com mais de 50 anos.

Para a diretora-geral da Thermomatic, é importante destacar que nas residências e em outros ambientes internos, a umidade relativa do ar pode ser diferente da registrada externamente e depende de vários fatores: pouca ventilação, arborização e até mesmo espaços fechados.

“É preciso tomar cuidado porque o ar presente dentro de casa já é naturalmente mais úmido devido às ações cotidianas, como banhos quentes, cozimento de alimentos e até mesmo o próprio corpo, que produz 15% de umidade em seu entorno. Em condições de calor, esse efeito pode ser ainda mais acentuado, pois o calor faz com que as pessoas suem mais, liberando mais umidade”, completa Patricia.

Por Ana Paula Guedes