Obesidade infantil: veja boas práticas para prevenir a condição

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Dicas nutricionais imprescindíveis para manter a saúde dos pequenos em dia

Em todo o mundo, os números comprovam o quanto o sobrepeso é uma questão de urgência. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade de 2023, lançado pela Federação Mundial da Obesidade, o número de crianças com a doença pode mais que dobrar até 2035. No Brasil, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde apontam que 12,9% das crianças de 5 a 9 anos já são obesas, da mesma forma que 7% dos adolescentes de 12 a 17 anos no país. A projeção nacional é de que 1/3 das crianças brasileiras possa ser obesa até 2035.

Diante do cenário preocupante, Jasmine Alimentos traz suporte nutricional para mais perto de seus consumidores, aproveitando o Dia das Crianças, que ocorrerá no próximo dia 12. Confira abaixo os principais fatores que levam à obesidade infantil, quais alimentos descartar ou manter nas prateleiras, além de uma lista de opções recomendadas que podem substituir ingredientes de uso comum que são prejudiciais à saúde.

Um panorama sobre a obesidade infantil

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Boa parte da população brasileira segue um padrão alimentar conhecido como ocidental, no qual predominam as preparações e produtos com excessos de gorduras saturadas e hidrogenadas, farinhas brancas, açúcares e aditivos artificiais. Esse tipo de alimentação está presente de forma significativa em alimentos de fast food: hamburgueres, pizzas, refrigerantes, frituras, sobremesas e outros ultraprocessados. Enquanto isso, a ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, oleaginosas, ovos, peixes e bons derivados do leite vêm diminuindo cada vez mais. “Essas escolhas repercutem tanto nos adultos quanto nas crianças, contribuindo para um padrão alimentar conhecido como ‘obesogênico’”, comenta a nutricionista e consultora da Jasmine, Adriana Zanardo. A profissional ainda reforça um fator altamente impactante para o aumento da obesidade: o sedentarismo. “Com o maior tempo de exposição a telas e a menor movimentação física das crianças com as tradicionais brincadeiras como correr e pular, a consequência se apresenta em forma de sobrepeso, prejudicando a saúde dos pequenos nas mais diversas faixas etárias e nos diferentes níveis socioeconômicos”, conta.

A nutricionista explica ainda que a obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de gordura corporal e, consequentemente, de peso. Contudo, é necessário observar as curvas de avaliação do estado nutricional para o diagnóstico efetivo, conforme gênero, idade e parâmetros relacionados a faixa etária. “Sabendo que a obesidade é uma doença multifatorial, é preciso considerar também os aspectos genéticos, tendo em vista que, atualmente, já são conhecidos genes específicos relacionados ao quadro, não sendo fator determinante, porém, tendo uma relevância no histórico familiar e clínico do indivíduo”, pontua.

A obesidade e suas consequências para a saúde

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Há anos e em diferentes partes do mundo, a construção social determinou que crianças acima do peso eram “bem nutridas”, enquanto as com peso adequado eram suspeitas de magreza ou carentes de nutrientes. Mas vale lembrar que “excesso de dobrinhas”, não necessariamente significa saúde. “Uma criança acima do peso tem grandes chances de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis como diabetes tipo 2, hipertensão, obesidade e dislipidemias na adolescência e na idade adulta. No caso da obesidade, ainda pode trazer prejuízos em tendões, articulações, mobilidade e muitos outros problemas que se originam do aumento da inflamação crônica induzida pelo excesso de gordura corporal. Por isso, é fundamental promover o esforço coletivo, a fim de iniciar mudanças significativas na rotina alimentar da família desde cedo”, esclarece Adriana.

Cuidados com a alimentação desde as primeiras fases da vida

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Até os dois anos é importante que a criança receba leite materno e tenha uma alimentação mais “limpa” possível. Isso porque, nesse período de vida, ocorrem processos fisiológicos muito importantes que impactam o estado de saúde atual, a médio e longo prazo, sendo essencial a oferta adequada de todos os nutrientes e o controle da inflamação. “No ambiente familiar deve predominar a ‘comida de verdade’, ou seja, aquelas opções com boa qualidade nutricional. Já o contato com a alimentação fora de casa, principalmente em fast food e deliveries devem ser esporádicos, já que, muitas vezes, as preparações desses alimentos são de baixa qualidade nutricional, com excesso de gorduras saturadas e hidrogenadas, açúcares, farinhas refinadas e aditivos artificiais. As alternativas mais práticas podem ser vantajosas em um primeiro momento, contudo, também podem ser pobres em vitaminas, minerais, fibras e compostos bioativos importantes para a manutenção da saúde”, destaca.

Entretanto, é possível abrir brechas. Por exemplo, uma criança com mais de dois anos, saudável, ativa e que se alimenta bem no dia a dia, pode comer brigadeiro quando vai à uma festa de aniversário, mas lembre-se que é preciso ponderar às escolhas e praticar o bom exemplo em casa.

Para facilitar a mudança de comportamento na rotina alimentar da família, Jasmine traz dicas práticas. Confira!

  • Preste atenção à quantidade de alimentos ingeridos: a simples observação faz muita diferença. No fast food, vale a pena trocar a batata frita média pela pequena, por exemplo, e o refrigerante grande por uma versão menor ou zero açúcar. Lembrando que é importante que esse momento seja, apenas, uma exceção dentro do contexto de estilo de vida saudável.
  • Seja o exemplo para o seu filho: é recomendado que toda a família esteja engajada nas mudanças. Para isso, são necessárias boas escolhas alimentares, a prática de atividade física, além de dormir bem e manter as consultas e exames de rotina em dia. Lembre-se que os pequenos são guiados pelas referências, por isso, quando as crianças observam os pais se alimentando bem, consumindo vegetais e legumes, é mais fácil que elas também queiram experimentar esses alimentos.
  • Inclua as crianças na rotina alimentar: respeitando a faixa etária da criança, vale trazê-la para mais perto do universo da alimentação saudável. Dica: peça ajuda ao pequeno para escolher os alimentos, mostrando como serão preparados e ajudando-o na montagem do prato, servindo os alimentos e sentindo sua textura, assim, a criança se sentirá mais conectada com a comida.
  • Mantenha a paciência e continue tentando: não tem problema se a criança não aceitar logo de primeira o que foi oferecido, o importante é não forçar a barra. Uma boa alternativa é apresentar o alimento de formas distintas. Por exemplo, brócolis cozidos pode não agradar de primeira, mas é possível complementar o item com arroz, carne cozida ou macarrão.
  • Estimule o consumo frequente de água ao longo do dia: a água auxilia a eliminar as toxinas produzidas ao longo do dia, contribuindo para saúde dos nossos rins, além de ser um meio fundamental para as reações físico-químicas e promover diversos outros benefícios à saúde.
  • Mantenha os alimentos saudáveis à vista: o simples ato de manter frutas, saladas, leguminosas e grãos por perto facilita o consumo consciente. Dica: deixe alface lavada e frutas como banana e manga previamente picadas. Complemente suas frutas com Quinoa Jasmine e Aveia Jasmine.
  • Evite a compra de guloseimas: entre uma fruta e uma bolacha, a segunda escolha é geralmente a campeã. Por isso, evite exageros e, sempre que possível, mantenha as guloseimas fora do campo de visão.
  • Comece fazendo pequenas trocas: o cereal matinal pode ser substituído por uma deliciosa granola nutritiva. Já ao preparar o bolo, no lugar do açúcar refinado, pode entrar a versão demerara. A batata-frita tradicional também pode ser feita na Airfryer, por exemplo, e a bolacha recheada pode ser substituída por Cookies Integrais Jasmine ou ainda por os biscoitos saudáveis da linha “Sou Sweet”  com opções integrais e zero açúcar. A marca oferece ainda linha de granolas sem glúten para quem possui restrições alimentares.
  • Evite recompensar a criança com bolachas ou doces açucarados: ser recompensado com guloseimas é um hábito que deve ser evitado, pois, dessa forma, é provável que a criança futuramente se torne o adulto que acredita que merece algo gostoso por ter feito uma coisa boa e/ou por ter que lidar com a frustração.
  • Busque ajuda se necessário: ter o acompanhamento da criança com nutricionista, psicóloga e pediatra pode ser chave para a efetividade do tratamento.

Por Jéssica Bordin