Agronegócio representa 13,1% da capacidade de geração do país e promove economia de bilhões
Em crescimento exponencial, o Brasil alcançou a marca de 64 mil sistemas de energia solar rural, posicionando-se em terceiro lugar em conexões e capacidade instalada, logo atrás das residências e empresas. Por meio de investimentos significativos desde 2012, o setor rural agora representa 13,1% da capacidade de geração distribuída de energia solar no país.
Os números impressionam: em 2020, havia 29.334 sistemas em operação, número que saltou para 61.294 no fechamento de 2021. De acordo com a estimativa da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), até 2050, a geração distribuída tem o potencial de atrair R$ 140 bilhões em investimentos e economizar R$ 150 bilhões em custos de termelétricas.
“A energia solar traz inúmeras vantagens para a agro. Setores como avicultura, produção de leite, irrigação, bombeamento de água, entre outros, experimentam uma considerável diminuição nos custos ao adotar esse sistema”, conta Romário Alves, CEO e fundador da Sonhagro, rede especializada em fornecer crédito rural para produtores.
No ano de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu, por meio da Resolução Normativa (RN) 482, diretrizes para a geração distribuída. Esse marco trouxe consigo a implantação do sistema de compensação, no qual o excedente de energia gerado pode ser “emprestado” para a distribuidora, gerando créditos que podem ser utilizados posteriormente para reduzir o consumo.
Fernando Belmonte, fundador do Melhor Indústria, marketplace especializado em MRO, enfatiza o quanto o sistema fotovoltaico proporciona economia: “Os produtores rurais experimentam uma redução de custos de até 95%, o que os livra das surpresas causadas pelos frequentes aumentos na conta de energia. Além disso, o retorno do investimento é rápido, o sistema exige pouca manutenção e tem uma vida útil prolongada.”
À medida que os custos de energia continuam a subir, as perspectivas para a energia solar rural são otimistas, prometendo não apenas eficiência, mas também sustentabilidade econômica para o futuro do agronegócio brasileiro.
Por Kaísa Romagnoli