Quando seu descanso é o pesadelo do seu parceiro

O ronco pode estar afetando seu relacionamento

A vida a dois é uma jornada composta por momentos de alegria e apoio mútuo, mas também possui seus desafios e obstáculos que podem abalar a harmonia do relacionamento. Compartilhar uma cama – um momento de intimidade que deveria representar relaxamento e conexão – pode se tornar um motivo de tensão entre muitos casais.

Pesquisas apontam que o ronco está no topo da lista de razões que levam ao divórcio, com seus efeitos indo além de uma noite mal dormida. A má qualidade de sono de quem ronca afeta o humor, causando irritabilidade e levando a discussões. Além disso, o parceiro que compartilha a cama com alguém que ronca constantemente pode desenvolver sentimentos de ressentimento e frustração devido à interrupção frequente de seu descanso. Essa dinâmica leva muitos casais a adotarem o “divórcio do sono”, a prática de dormir em quartos separados.

O “divórcio do sono”, no entanto, apenas mascara o problema. “Se o ronco não for tratado, existe o risco de o paciente desenvolver uma série de doenças graves”, revela a Dra. Alessandra Kuskoski, especialista em Ortodontia e Ortopedia Orofacial. Em longo prazo, o ronco associado a apneia do sono pode causar diversos sintomas, como dor de cabeça ao acordar, arritmia cardíaca, pressão alta, baixa concentração, sonolência diurna, cansaço, irritabilidade, diminuição da libido e impotência sexual, afetando o bem-estar a qualidade de vida do paciente.

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O tratamento adequado do ronco pode trazer benefícios significativos tanto para a saúde individual quanto para a harmonia do relacionamento. Existem diversas abordagens terapêuticas disponíveis, dependendo da causa subjacente do ronco.

Em uma pesquisa, especialistas investigaram os efeitos do tratamento da apneia do sono na felicidade do relacionamento conjugal. Os resultados revelaram que, após o tratamento da apneia do sono do parceiro, houve uma notável melhora na qualidade de vida e um aumento significativo na satisfação conjugal. Além disso, a eficiência do sono aumentou de forma expressiva, passando de 73% para 82%.

Por Verônica Pacheco