O halal, feito em conformidade com os preceitos do islamismo, reduz impactos ambientais
O estímulo às cadeias produtivas halal, aquelas especializadas no consumidor muçulmano, no Brasil pode contribuir com a inovação e a sustentabilidade de economias, na perspectiva do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Na manhã de hoje (23), o político também titular da pasta de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços a posição em mensagem de vídeo a empresários reunidos no Global Halal Brazil Business Forum, organizado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e pela certificadora Fambras Halal para debater o comércio do Brasil com o mundo islâmico.
“O [produto] halal [feito em conformidade com os preceitos do islamismo] reduz impactos ambientais, como a geração de resíduos, de embalagens, o consumo de água, além de incorporar parâmetros éticos e de responsabilidade social em toda a cadeia de fornecimento”, afirmou Alckmin.
O político lembrou que milhares de muçulmanos têm acesso a alimentos saudáveis, de baixo custo e produzidos em respeito a suas tradições por empresas brasileiras, sobretudo de proteínas animais, que mantêm com os 57 países da Organização para Cooperação Islâmica (OCI) um comércio calculado pela Câmara Árabe em US$ 23,41 bilhões anuais.
Alckmin também celebrou a assinatura de acordos de cooperação entre entes privados no evento para o fomento de cadeias produtivas halal no Brasil na área de alimentos, mas também nos segmentos cosméticos, fármacos e turismo, que no mundo islâmico também demandam padrões específicos, segundo as tradições culturais e religiosas do islã.
O vice-presidente da República reconheceu que Brasil e mundo árabe têm uma relação “madura”, “pautada pelo respeito, equilíbrio e ganhos recíprocos”. Segundo Alckmin, essa relação ganhou impulso nas primeiras administrações de Lula, quando o político reconheceu a importância do Oriente Médio para a economia brasileira e a consolidação do país no cenário internacional.
“Contem com o entusiasmo do governo Lula para avançarmos em parcerias e ampliarmos mercados e compartilharmos experiências, porque difundir a prática halal é fortalecer economias, com inovação, sustentabilidade e inclusão”, afirmou o político.
O Global Halal é patrocinado por BRF, Marfrig, Minerva Foods, Laila Travel, Turkish Airlines e Embratur, tem parceria da Apex Brasil, Câmara Islâmica de Comércio, Indústria e Agricultura, União das Câmaras Árabes e Liga Árabe, e apoio da Halal Academy.
Por Daniel Medeiros