Apesar da covid-19, a economia de MS avança e acumula resultados positivos
Com agroindústria pujante, gestão pública focada na eficiência e atitudes empreendedoristas da iniciativa privada, Mato Grosso do Sul vem acumulando boas notícias.
Estudo da Tendências Consultoria Integrada revelou que Mato Grosso do Sul deverá obter o melhor desempenho do país no crescimento da economia no próximo ano, com crescimento de 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021, em relação ao período pré-pandemia. Não é pouca coisa. Apenas cinco estados brasileiros terão crescimento (além de MS, PR, MT, RJ e GO), enquanto 21 e o Distrito Federal vão acumular perdas.
Na geração de empregos com carteira assinada, o estado obteve o terceiro melhor desempenho do país no acumulado de janeiro a julho de 2020. De acordo com o novo Cadastro de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia, entre janeiro e julho o estado registrou 118.148 admissões, o que resultou em um saldo de 1.561 novos postos de trabalho, atrás apenas de Maranhão e Mato Grosso.
Parte desses empregos são gerados pelo próprio poder público, que manteve os investimentos em obras essenciais, mantendo as medidas de biossegurança. A previsão é entregar, por meio do programa Governo Presente, R$ 4,2 bilhões de investimentos nos 79 municípios até o fim de 2022.
Esses investimentos só foram possíveis porque a administração estadual tomou medidas de austeridade e eficiência da máquina pública desde 2015, com redução de gastos, revisão de contratos, reformas administrativa – para uma das menores estruturas do país – e previdenciária, e o ajuste dos impostos estaduais sobre supérfluos.
Parceria Público-Privada
Um novo passo que vem sendo dado pela administração pública é a parceria com a iniciativa privada. A rodovia MS-306 já recebe investimentos por meio de uma concessão e o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou o projeto da Parceria Público-Privada (PPP) de Esgotamento Sanitário, no Roadshow Virtual da B3;
Com a PPP da Sanesul, a intenção é atingir em dez anos a universalização do esgotamento nos 68 municípios atendidos pela Sanesul, com garantia de um investimento de R$ 3,8 bilhões e uma tarifa sem custo adicional para os usuários desse serviço.
Desde 2015, a Sanesul investiu R$ 776 milhões nos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, de um total de R$ 1,334 bilhão de investimentos já assegurados e compromissados até 2022. Foram 1.850 quilômetros e 110.909 ligações domiciliares de rede coletora de esgoto concluídos e até o ano de 2022 serão 3.3.83 quilômetros e 196.315 ligações, além das 22 ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) construídas, 6 em construção e nove que ainda serão construídas. Até o fim de 2022, serão 489.870 metros de rede de distribuição e 15.130 ligações domiciliares.
Balança comercial
Poder público e iniciativa privada também estão pavimentando rotas para abastecer o mercado exterior. Mesmo com uma queda impressionante de 61% nas importações, a balança comercial do Estado revela números animadores como crescimento de 12,8% nas exportações durante o período de janeiro a agosto deste ano. O valor das exportações chegou a US$ 4,077 bilhões, resultando em um superávit de US$ 3,498 bilhões. Em parte, o desempenho se deve ao apetite chinês pelas commodites do Estado. O país asiático é destino de mais da metade das exportações sul-mato-grossenses.
Não é a toa que o Governo de Mato Grosso do Sul não tem medido esforços em promover a integração logística para facilitar o escoamento da produção. Os governadores Reinaldo Azambuja (MS) e Carlos Roberto Massa Ratinho Junior (PR) assinaram um acordo para viabilizar a construção de um corredor ferroviário de exportação com 1.370 quilômetros, ligando regiões produtoras de Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá.
Já a Rota Bioceânica, encabeçada por Mato Grosso do Sul, irá reduzir em 14 dias a distância e o custo dos transportes dos produtos da América do Sul ao continente asiático – que é o maior consumidor do Estado. Enquanto isso, o município de Porto Murtinho vem recebendo investimentos privados nas construções de terminais portuários e se tornando uma nova opção de escoamento das mercadorias.
Por Paulo Fernandes, Subcom – Governo de Mato Grosso do Sul