BNDES e Petrobras anunciam R$ 42 milhões para restauração florestal no Pantanal e no Cerrado

Chapada dos Veadeiros. Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ações de reflorestamento podem se inscrever no “Corredores de Biodiversidade” a partir do próximo dia 18

Um edital no valor de R$ 42 milhões será lançado pela Petrobras e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ações de reflorestamento no Pantanal e no Cerrado. A iniciativa, em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), foi divulgada durante atividade promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O documento “Corredores de Biodiversidade” vai viabilizar recursos para desenvolvimento de até nove projetos, em locais estratégicos desses biomas, voltados para a restauração de florestas, de acordo com o chefe do departamento de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri. 

A abertura do edital está prevista para o dia 18 de dezembro. Podem participar instituições sem fins lucrativos, com no mínimo dois anos, como associações civis, fundações privadas e cooperativas. Juntos, o Pantanal e o Cerrado ocupam cerca de 2 milhões de km². O gerente de projetos ambientais da Petrobras, Gregório Araújo, explica por que os dois biomas foram escolhidos.

O cerrado brasileiro vem sofrendo cada vez mais com o desmatamento. Foto Rosário Xavier

“São áreas de valor ecológico muito grande, por isso corredores de biodiversidade. No Cerrado, 30% das espécies do Brasil e 5% das espécies mundiais vivem lá, 12 bacias hidrográficas nascem no território. E é fundamental também para a sustentabilidade do Pantanal, que, por sua vez, é a maior superfície alagada e tem a maior concentração de mamíferos por metro quadrado do mundo”, aponta.

Para a Petrobras e o BNDES, o restauro florestal dessas áreas é essencial para zerar a recuperação desses biomas e para produzir ganhos sociais por meio da criação de emprego e valorização das comunidades locais.

A CNI participou da COP28 com um estande próprio promovendo uma série de atividades e debates sobre financiamento climático, transição energética, mercado de carbono e conservação florestal no contexto da indústria.

Fonte: Brasil 61