Acadêmicos da UEMS aplicam tecnologias da indústria 4.0 para potencializar Agricultura Familiar
Tornar a agricultura familiar e de pequenas propriedades mais competitiva com menos desgaste para o meio ambiente. Utilizando as novas tendências tecnológicas da indústria 4.0, o Projeto “Automação Agrícola para Agricultura Familiar e Pequenas Propriedades”, desenvolvido por acadêmicos do curso de Engenharia Física da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), foi selecionado e contratado pelo Programa Centelha MS.
A equipe do projeto é composta pelos acadêmicos de Engenharia Física da UEMS/Dourados, Ricardo Rocha da Costa e João Aparecido Machado Junior, também, e Muhammad Yasin Minozzo Candia, acadêmico Agronomia na UFGD. Além do apoio da acadêmica de Engenharia Física da UEMS, Ana Carolina Morais de Souza, do Professor de Engenharia Física da UEMS, Nélison Ferreira Corrêa; e do agrônomo Márion Henry Ribeiro Dantas.
O projeto aprovado consiste em desenvolver automação agrícola para pequenas propriedades, em que irá auxiliar o produtor na gestão e diminuição de utilização de recursos naturais e de insumo agrícola.
O grupo está desenvolvendo um sistema completo baseado nas novas tendências da indústria 4.0: Internet das coisas, tratamento e análise de dados e decisões automáticas inteligentes.
“Nosso sistema conta com módulo de coleta e transmissão de dados, baseado em uma tecnologia chamada LoRa, que permite transmitir dados em uma distância considerável consumindo pouca energia, ideal para a área de aplicação que estamos interessados. Aliado a isso temos um equipamento que recebe esses dados e os coloca em um banco de dados na nuvem, de onde nossos softwares retiram esses dados para tratamento, análise e visualização do produtor e do técnico responsável”, explica Ricardo Costa.
A partir dessa análise pode-se tomar decisões assertivas e alimentar os módulos de automação instalado na propriedade auxiliando o produtor rural na economia dos recursos disponíveis. O sistema de automação do módulo de Hortaliças conta com sensoriamento e atuação de dispositivos para controle do sistema.
O acadêmico ressalta que quando se tem uma grande quantidade de dados a respeito de alguma variável, pode-se utilizar esses dados para entender como os fatores ambientais influenciam em determinado estágio de desenvolvimento da planta. “Como esse conhecimento podemos prever parâmetros que podem ser manipulados para levar a uma maior produtividade e economia de recursos. Exemplo: com tempo de coleta de dados podemos ter uma boa noção da umidade ideal do solo para uma determinada cultura. Alimentando o módulo de irrigação/fertirrigação com essa informação podemos economizar água ou insumo mantendo sempre o solo úmido e com a quantidade necessária de nutrientes, nem mais nem menos”, enfatiza.
A destinação dos recursos serão para compra de equipamentos e componentes eletrônicos necessários para execução do projeto e de desenvolvimento de novos módulos posteriormente.
O acadêmico Ricardo Costa também destaca sobre a importância do aprendizado que a equipe teve desde a primeira fase do Centelha MS, em outubro de 2019, até a última etapa. “Ao longo da participação no Projeto Centelha MS, nós tivemos que elaborar o cronograma do projeto, orçamento, um panorama do mercado em que você vai abrir sua empresa e a abertura da empresa também com toda parte burocrática. Aprendemos bastante! Todo esse processo proporcionou um aprendizado, que sem o Centelha nós não iríamos adquirir. Agradecemos muito, todos os envolvidos, que participaram do desenvolvimento do nosso projeto e nos ajudaram muito, colegas e professores!”, conta.
Por Beatricce Bruno e Emmanuelly Castro – UEMS