Há 3 anos, Campo Grande dava início a ‘corrida pela vida’ sendo referência nacional em organização e eficiência

Divulgação PMCG

Em 19 de janeiro de 2021, Flávia Cristine Correa de Almeida recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19

Há exatos três anos, Campo Grande dava início a maior campanha de vacinação já realizada na história. Em meio aos holofotes e sentimento de esperança, em 19 de janeiro de 2021, a enfermeira Flávia Cristine Correa de Almeida recebeu a sua primeira dose da vacina contra a Covid-19, na unidade de saúde do Bairro Tiradentes, simbolizando o início de uma verdadeira corrida pela vida.

A partir daquele dia, o compromisso e dedicação dos gestores, profissionais de saúde e parceiros envolvidos na missão de salvar vidas levou a capital sul-mato-grossense a ser reconhecida como referência nacional em organização e eficiência, chegando a liderar os rankings de vacinação, fazendo que o Estado figurasse entre os com maior cobertura vacinal do país. E isso foi possível graças ao trabalho realizado em Campo Grande.

Passados três anos, Campo Grande atingiu o número de mais de 2,1 milhões de doses aplicadas, tendo mais de 85% da população elegível completamente vacinada com o esquema primário, o que mantém a Capital como uma das cidades com maior eficiência em relação à vacinação contra a doença que afligiu todo mundo. O alto índice de cobertura vacinal também refletiu diretamente na redução no número de casos, sobretudo de internações e óbitos.

“A vacina foi e é fundamental para que tivéssemos uma estabilidade nas mortes e internações. Chegamos a registrar 180 óbitos em uma semana e ter mais de 300 pessoas internadas em UTI. As unidades de pronto atendimento lotadas. O nosso sistema de saúde estava extremamente sufocado”, relembra superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Veruska Lahdo.

O planejamento, organização e estratégias adotadas pela Capital desde o início da vacinação fizeram toda a diferença para que Campo Grande se destacasse como referência nacional.

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A capital chegou contar com mais de 80 pontos de imunização espalhados pelas sete regiões urbanas e distritos, incluindo quatro drives (Ayrton Senna, Albano Franco, Cassems e UCDB), três polos (Guanandizão, Seleta e IMPCG), além das unidades de saúde, tendo a capacidade operacional instalada para vacinar até 20 mil pessoas por dia.

De forma pioneira, o município implementou um sistema de identificação prévia para dar mais agilidade no processo de vacinação, o que contribuiu para facilitar o acesso da população. O sistema, inclusive, auxiliou municípios do interior do Estado a organizar a campanha de vacinação e foi reconhecido nacionalmente como exemplo de boas práticas.

Vacinação contínua

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Desde o início deste ano, a vacina contra a Covid-19 foi incluída pelo Ministério da Saúde ao calendário de rotina de vacinação, ou seja, assim como outros imunizantes, as doses passam a serem disponibilizadas para grupos específicos. Além da aplicação em crianças, de acordo com a faixa etária, outros públicos também devem ficar atentos às doses que devem ser ministradas.

Neste público, são ministradas três doses, uma aos seis meses, outra aos sete e a última aos nove meses de idade. Crianças que ainda não tenham completado o esquema vacinal, ou que tiverem doses em atraso e forem menores de cinco anos, também serão imunizadas seguindo o mesmo intervalo entre doses.

Outros públicos

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O reforço vacinal também passa a ser aplicado dentro da rotina de vacinação das crianças a partir dos cinco anos, adolescentes, adultos e idosos, desde que o paciente se enquadre nos requisitos. Divididos em dois, há quem receba o reforço a cada seis meses e quem tenha apenas uma dose aplicada por ano.

O grupo que receberá o reforço vacinal a cada seis meses está subdividido em três: Pessoas com 60 anos ou mais, com 5 anos ou mais e que possuam algum imunocomprometimento e gestantes e puérperas. Para todos é necessário o esquema vacinal completo e a última dose aplicada há pelo menos seis meses.

Já o outro grupo, que também precisa obedecer ao mesmo critério de intervalo de doses, e receberá uma dose anual, possui mais subdivisões. Estão nele: Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, indígenas e quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, privados de liberdades e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas em situação de rua.

As doses de reforço também estão disponíveis em todas as unidades de saúde do município, sendo necessário se atentar à disponibilidade, que poderá ser checada no local.

Por PMCG