Todas as sete regiões da capital têm corredores comerciais e gastronômicos que movimentam a economia local
As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) desempenharam um papel fundamental na criação de empregos em Campo Grande no último ano, representando oito em cada dez novas vagas na economia brasileira, conforme análise conduzida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Das 1,48 milhão novas oportunidades de trabalho surgidas no ano passado, 1,18 milhão foram geradas por pequenos negócios, correspondendo a impressionantes 80,1% do total. Esse número contrasta com as 209,99 mil vagas, ou 14,2%, provenientes de Médias e Grandes Empresas (MGE).
A empresa Seven Tecnologia, que atua na área de monitoramento 24 horas está dentro desta estatística. O proprietário Helder Barbosa Diniz emprega três pessoas e fala da importância do pequeno para fazer a economia girar.
“O microempreendedor corresponde a uma boa parte da fatia do PIB, não é só de médias e grandes empresas que se constrói a economia. Se não fossem os microempreendedores, essa roda não giraria, não haveria fábricas, não haveria grandes empresas, se não fosse o final. É o microempreendedor quem faz os produtos chegarem ao consumidor, é ele quem mais emprega, quem faz a roda girar”, pontua.
Como exemplo, ele cita as pequenas e médias empresas nos bairros. Em Campo Grande, todas as sete regiões têm corredores comerciais e gastronômicos que movimentam a economia local.
“Nos bairros a gente vê isso muito claramente, como os microempreendedores desenvolveram. Tanto é que, muitas vezes, o morador dali não precisa mais se deslocar para trabalhar. Ele trabalha no próprio bairro, porque ali tem um microempreendedor que está gerando emprego na região”, conta.
É o caso de Lenita Fernandes, moradora do Aero Rancho. Ela conta que trabalha em um salão de beleza no bairro, onde atua como manicure e depiladora. A vantagem que ela vê, é não precisar se deslocar, o que economiza tempo e dinheiro. “Não preciso acordar cedo demais e posso ir almoçar em casa. É muito melhor, porque tenho emprego com mais qualidade de vida”.
O setor de serviços, inclusive, é o que mais segue em evidência. Pelo terceiro ano consecutivo, as MPEs lideraram a criação de empregos. Em 2023, este segmento foi responsável pela abertura de 631 mil novas vagas, enquanto as MGE contribuíram com 181,87 mil empregos.
Ainda segundo a pesquisa, as perspectivas futuras são positivas. O Sebrae ressaltou a importância das MPE na recuperação econômica e expressou otimismo quanto à continuidade desse cenário favorável para as pequenas empresas.
Esses dados demonstram o importante papel das micro e pequenas empresas na dinamização do mercado de trabalho brasileiro, refletindo sua resiliência e capacidade de adaptação em meio aos desafios econômicos.
Por PMCG