Prefeitura entrega veículos e dá início a mutirão de combate à dengue na região do Aero Rancho

Divulgação PMCG

Novos veículos serão incorporados à frota do serviço de vetores e auxiliarão nas ações de combate ao mosquito

Nesta segunda-feira, dia 19 de fevereiro, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), realizou a entrega de sete motocicletas e 1 automóvel 0KM para a Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) e deu início ao mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti no Bairro Aero Rancho, região do Anhanduizinho.

Os novos veículos estão sendo incorporados à frota do serviço de vetores e auxiliarão nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Atualmente, a frota da CCEV é composta por 61 motos, 27 carros e 1 caminhão, que atuam nas ações de controle de vetores e serviços administrativos.

A prefeita Adriane Lopes destacou a importância da estruturação e aparelhamento do serviço que é crucial para o controle das arboviroses no município e ressaltou a importância do trabalho preventivo que está sendo realizado para evitar que haja aumento nos casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

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“Esse reforço será fundamental para que os nossos servidores possam atuar em campo e combater de maneira efetiva o mosquito transmissor da dengue. É importante ressaltar que Campo Grande ainda se mantém com números estáveis, mas precisamos sempre estar em alerta para evitar que haja um aumento de casos. Nós estamos fazendo a nossa parte e conclamamos o apoio de toda a população em mais essa batalha”, destacou.

Durante dez dias, os agentes da coordenadoria estarão mobilizados no trabalho de vistoria domiciliar, orientação, identificação e eliminação de potenciais criadouros e focos do mosquito.  Ao todo, cerca de 300 agentes estarão mobilizados durante a abertura das ações.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, ressaltou a importância da população receber os agentes e contribuir neste trabalho. “É muito importante a colaboração da população também neste aspecto. Nós temos percebido que há um número expressivo de imóveis fechados e um pouco de resistência em relação ao trabalho de vistoria do agente, e isso nos chama a atenção. Pedimos que recebam bem nossos servidores que estarão devidamente identificados e à disposição para orientar e combater o mosquito”, complementa.

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A região do Anhanduizinho está recebendo esta força-tarefa por apresentar índice elevado de infestação pelo Aedes aegypti. O trabalho é realizado pelos agentes da Coordenadoria de Vetores, com apoio dos Agentes Comunitários de Saúde da região, Conselho Local de Saúde e lideranças comunitárias da região.

Moradora do Aero Rancho há mais de 30 anos, a dona de casa Maria Andreia da Silva, 80 anos, diz que faz o seu dever de casa e não dá chances para o mosquito. Ela elogiou o trabalho dos servidores e dá o recado para que todos colaborem.

“Aqui em casa a gente sempre cuida para evitar água parada. Eu sei que a dengue é muito perigosa e pode matar. E é muito simples a gente evitar essa doença. É só cuidar do nosso quintal. Se cada um fizer a sua parte, certamente não iremos ficar doentes”, disse.

A aposentada Marilda Xavier de Lima, 67 anos, também recebeu os agentes nesta manhã em sua casa e fez questão de mostrar os cômodos e os cuidados com as plantas. “É importante manter tudo limpinho. Eu cuido bem das plantas e não deixo acumular água porque sei que pode juntar o mosquito aqui”, enfatizou.

Ações permanentes

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Desde novembro do ano passado, as equipes da secretaria vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue, previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.

A Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.

Casos

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Do dia 01 de janeiro a 14 de fevereiro deste ano, foram notificados 942 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika e apenas 01 chikungunya. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.

A Capital fechou o segundo semestre do ano passado apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.

O mais recente Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em janeiro detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, outros 42 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória. O levantamento completo está disponível para download no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/sec-downloads/liraa-janeiro-2024/.

Em Mato Grosso do Sul, quatro cidades aparecem com alta incidência dos casos prováveis da doença, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Ses). Campo Grande é a cidade que apresenta o menor índice entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. No país, municípios como Rio de Janeiro (RJ), por exemplo, já enfrentam números alarmantes da doença.

Por PMCG