MS define ações preventivas e atuação para combate de incêndios florestais com participação do RS, BA e MT

Foto CPA/CBMMS

Troca de informações também contribui para que o Corpo de Bombeiros desses estados atue de forma mais assertiva nas próprias ações

Para definir ações preventivas e de mitigação dos danos causados pelos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul – nos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica –, o Governo do Estado definiu medidas e atuações durante o 1° Workshop Presencial de Prevenção aos Incêndios Florestais, realizado nesta semana.

Com um trabalho já consolidado em nível nacional, o Mato Grosso do Sul é referência para outros estados em relação a organização operacional e legislações que contribuem com o que é realizado, especialmente no combate aos incêndios no Pantanal.

Três comitivas de bombeiros militares dos estados do Mato Grosso, Bahia e Rio Grande do Sul participaram do evento realizado nos dias 9 e 10, em Campo Grande. A troca de informações também contribui para que o Corpo de Bombeiros desses estados atue de forma mais assertiva nas próprias ações de combate a incêndios florestais, em seus biomas – MT (Cerrado, Floresta Amazônica e Pantanal), BA (Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado) e RS (Pampas).

“Mato Grosso do Sul vai fazer queima prescrita, para minimizar riscos em grande escala no Pantanal. Não existe garantia (de que não terá incêndios florestais), mas sim a capacidade de o Estado estar muito mais preparado para fazer este enfrentamento. Tratamos disso neste evento, onde temos estados visitantes, Bahia, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, para trocar experiências e trazer suas informações para a reunião”, disse o governador, Eduardo Riedel, durante a abertura do evento.

Foto Saul Schramm

Já o capitão Álvaro Serrão, chefe do de planejamento operacional do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, frisa que “a gente acompanha bastante, temos troca de experiências e compartilhamos informações. A integração é muito grande, e num evento como este a gente pode de fato compreender. A gente sempre pega informações que podemos levar, e assim melhorar as nossas ações de intervenção, nessa questão de prevenção. No caso do Pantanal existem medidas que já vimos e podemos levar, colocar em prática para fortalecer a nossa atuação”.

Com previsão de seca severa a partir do segundo semestre, o Rio Grande do Sul já se prepara para os efeitos adversos, com possibilidade de incêndios em período maior do que normalmente ocorrem entre novembro e fevereiro.

“Um fator que nos une, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul é o Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul), estamos vinculados na mesma linha, terreno e agricultura. O MS tem processo de integração muito forte entre os órgãos de Estado, focado nas ações preventivas e de mitigação das queimadas. A Semadesc que é a secretaria ajuda a fomentar o diálogo para desenvolver ações. Aqui tem isso de forma muito bem desenhada e muito produtiva para o processo. Esse evento é um exemplo disso”, disse o tenente Leonardo Siqueira, do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul.

A gestão e organização do Estado nas ações que envolvem proteção ambiental, foi a grande observação do representante do Rio Grande do Sul.

“A busca aqui é identificar instrumentos normativos que facilitam o diálogo para a gente elevar para região Sul, apresentar secretarias e criar estrutura de Comitê do Fogo, similar ao que tem aqui. Isso tem grande importância e é a grande sacada. O MS está anos luz avançado em relação ao Rio Grande do Sul, que está engatinhado no processo. Temos estrutura de defesa civil, gabinete do clima, mas ainda precisamos focar na questão de queimadas principalmente pelo prognóstico que temos para o segundo semestre”, afirmou o tenente.

Já o Mato Grosso, que divide parte do bioma Pantanal com o Mato Grosso do Sul, também procura aprimorar conhecimentos com a experiência do Estado.

“A gente trabalha de forma bem parecida, nossa participação é para entender o que será feito e sempre em sintonia com as operações nas dividas do Rio Cuiabá e Serra do Amolar, sempre em contato direto com o Mato Grosso do Sul. Aqui a chuva está abaixo da menor média histórica, que é de 1964. Acredito que não teremos o mesmo desastre de 2020, mas se acontecer uma grande quantidade de incêndios florestais, estaremos preparados”, afirmou o major Lucas Souza Chermont, assessor executivo da Secretaria de Proteção e Defesa Civil do Estado do Mato Grosso.

Por Natalia Yahn/Comunicação – GovMS