Cada estrela com seu sistema planetário
Não foi por falta de aviso. Nós insistimos, falamos e ponderamos a claque vigente que está na ventania correndo atrás do papel que medíocres operadores da política lançam, incentivados por besteirol e narrativas estapafúrdias nas redes sociais, em busca de grana, seja do “jabaculê” periódico governamental ou oriundos das monetizações alavancadas por likes, compartilhamentos e engajamentos. Era loucura o que eles estavam fazendo, adorando cegamente, outra vez, mais um bezerro de ouro.
Não é muito difícil saber que no território das leis e da justiça, a atitude ponderada, racional e centrada é a melhor condição para bem fazer o seu papel. Cada um, cada indivíduo que se presta a ser um operador do direito, em algum momento de seus estudos e sua carreira, já se deparou com exemplos tirados do Rei Salomão, comparativamente ao magistrado, ao juiz de causas e embates. No entanto, o que fica claro nas lides do Rei Salomão é que ele permitia que tudo ao seu redor se movesse, inclusive as disputas, as demandas se movessem e viessem até sua presença e no seu lugar de atuação, na sua corte. O Rei Salomão não saía andando pelo seu reino buscando conflitos para decidir quem tinha razão e, não, nunca fora de seu reino, de seu país, tendo a certeza de que fora dele havia outras leis e outras resoluções, bem como direitos e obrigações.

A fama, o orgulho, o aplauso e o deslumbre subiram à cabeça de Alexandre de Moraes. Embora saibamos que um Juiz possa contrair um vírus não tão raro nas cortes de justiça e leis por aqueles que sequer um dia tenham atuado como advogado, a “juizite” nas altas cortes pode ocorrer um vírus similar àqueles que antes não seguiam a carreira da magistratura; pode ser acometido pela “ministrite”, que pode ser agravado com a predisposição genética da “deuzite giletoide máxima”, onde o paciente, ao pisar numa gilete caída no chão, sentindo a elevação debaixo dos pés, se sente “deus todo-poderoso”.
Elon Musk, como uma estrela em sua galáxia, fez o que tinha que ser feito e se reportou ao “buraco negro do centro da sua galáxia”.
Dizem os cientistas que Andrômeda, daqui a 4 bilhões de anos, irá se chocar com a Via Láctea, mas pelo que vemos, para Alexandre de Moraes, em seu próprio universo criado pela sua “deuzite”, deve se chocar muito antes e não vemos possibilidade dele sobreviver a essa catástrofe anunciada.
Por José Ribas