A estimativa atual é que a região tenha 61 mil habitantes
Após a requalificação do Centro de Campo Grande que deu novos ares para a Rua 14 de Julho e mais de 100 quadras da Região Central, tendo como resultado um conjunto de intervenções e obras que transformaram a infraestrutura, a Prefeitura de Campo Grande trabalha para concluir as iniciativas com uma revitalização completa que promoverá a dinamização da economia e a qualificação dos espaços públicos. Para isso, foi promovida nesta segunda-feira (29) a 1ª sessão extraordinária do Conselho Municipal da Cidade (CMDU).
Na ocasião, uma equipe técnica da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) apresentou o Plano Local de Desenvolvimento da Área Central, elaborado pela Consultoria Cidade Ambiente e Vertrag, por intermédio da Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos (Sugepe), com a participação da Planurb, da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), da Secretaria Municipal de Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro) e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur).
O estudo identificou que em um comparativo dos CENSOS 2000-2010, a Área Central de Campo Grande reduziu em aproximadamente 6% a sua população, passando de 75.662 para 71.037 habitantes, enquanto as outras seis regiões urbanas cresceram no período. Dados preliminares do CENSO 2022 apontam para continuidade do processo de perda populacional.
“Esse projeto de revitalização da Área Central é uma das prioridades da administração municipal, por isso, o CMDU foi provocado para que o tema seja amplamente discutido. Já existe um início de um grande plano sendo debatido e ideia é que, a partir dessa reunião, seja criado um comitê específico que envolva os quatro eixos principais e que seja dado um afunilamento nessa discussão”, afirmou o secretário Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio Ademar Silva Jr.
Além da reversão do quadro populacional, as estratégias visam estimular a capacitação e as atividades econômicas, qualificar espaços verdes e de mobilidade, uso do patrimônio como meio de desenvolvimento econômico entre outros. Para isso, foram definidos quatro grandes eixos: Habitação, Desenvolvimento Econômico, Espaços Públicos e Mobilidade Ativa, e Patrimônio Cultural.
A prefeita Adriane Lopes salientou que as equipes já estão buscando soluções. “Essa reunião é de suma importância para que o Centro da cidade possa avançar, pois é muito válido quando são somados experiências, e estabelecidos diálogos em prol de uma construção conjunta, trazendo assertividade nas entregas feitas à população”, pontuou.
A diretora-presidente da Planurb, Berenice Maria Jacob Domingues, explicou que o próximo passo é instituir a câmara técnica especial no CMDU para tratar do tema. “O CMDU é composto por membros da sociedade civil organizada, movimentos populares, representantes de classe, empresários relacionados à produção e ao financiamento do desenvolvimento urbano, que conhecem e vivem a cidade. Por isso, esse diálogo com o CMDU é tão importante para esse tema”, comenta Berenice.
O representante da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande no CMDU, Luís Afonso Ribeiro Assunção, disse que tratar do Centro no CMDU foi uma iniciativa positiva da Prefeitura Municipal de Campo Grande, e ele acredita que questões significativas possam ser resolvidas ainda este ano.
Por PMCG