Desastres afetaram milhões de brasileiros, evidenciando a importância de organizações sociais na busca por soluções
2024 foi marcado por eventos climáticos extremos no Brasil e no mundo. No ano mais quente já registrado, com aquecimento acima de 1,5°C, o país sofreu enchentes no Rio Grande do Sul, secas no Pantanal e na Amazônia e incêndios recordes. Esses desastres afetaram milhões de brasileiros, evidenciando a importância de organizações sociais na busca por soluções para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover a sustentabilidade.
Um dos projetos sociais apoiados pelo Instituto Phi na área de meio ambiente é a Brigada Alto Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que atua para mitigar os impactos do fogo na Serra do Amolar, no município de Corumbá (MS). Além do trabalho de prevenção e combate, a Brigada também desenvolve ações de educação ambiental e orientação para as comunidades locais sobre como agir em casos de incêndios.
Em outubro, os incêndios tiveram graves consequências na região da Serra do Amolar, um dos territórios mais conservados e ricos em biodiversidade do Pantanal, avançando sobre áreas reconhecidas como Patrimônio Natural da Humanidade. Uma linha de fogo de 11 km de extensão atingiu uma área de recuperação, destruindo onde tinham sido plantadas 25 mil mudas. Em 2020, a Serra do Amolar já havia sofrido incêndios intensos que comprometeram quase toda a região.
Os brigadistas do IHP estão auxiliando pesquisadores na avaliação dos impactos dos incêndios na biodiversidade e realizando a manutenção de um viveiro de mudas instalado na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Acurizal, para a recuperação do território.
Outro projeto apoiado pelo Phi é a restauração ecológica do Vale de Santo Antônio, localizado em Xerém, Duque de Caxias (RJ), pela ONG Sinal do Vale. O projeto foca na recuperação de áreas severamente degradadas pelo uso intensivo para cultivo, pastagem e extração de carvão, buscando restaurar a vegetação nativa e apoiar a biodiversidade da Mata Atlântica. Até agora, já foram plantadas 50 mil mudas de árvores nativas.
Além da produção, plantio e manutenção de mudas para garantir a revitalização ambiental e o fortalecimento da cobertura florestal local, o projeto também realiza capacitações para agricultores, incentivando a integração de árvores nativas nas práticas agrícolas, além de promover ações de educação ambiental para a comunidade.
Mais um projeto apoiado pelo Phi é o Escola Permacultural pelo Clima, um ciclo de oficinas quinzenais de educação ambiental do Instituto Permacultura Lab. Em 2024, participaram 60 jovens estudantes matriculados no terceiro ano do Ensino Médio do Centro Integrado de Educação (CIE) Miécimo da Silva, no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro.
Através de dinâmicas participativas, os estudantes são convidados a refletir de maneira crítica sobre a questão ambiental e emergência climática, entendendo como o nosso modelo de sociedade impacta diretamente a dinâmica de seu território e seu cotidiano. Através de atividades práticas, foram apresentadas possíveis soluções coletivas com base na agroecologia e em tecnologias sociais como a compostagem
Ao longo do projeto, os jovens reestruturaram a central de compostagem da escola e elaboraram uma carta política contendo suas principais demandas e propostas de soluções para as problemáticas socioambientais identificadas em seu território. A carta foi lida durante o G20 social, em novembro de 2024.
Essas iniciativas mostram como organizações sociais têm desempenhado um papel fundamental para mitigar os impactos das mudanças climáticas, promover práticas sustentáveis e engajar comunidades na proteção do meio ambiente.
Sobre o Instituto Phi
O Instituto Phi é uma organização não governamental que atua assessorando indivíduos e empresas a fazerem de maneira estratégica o planejamento de sua filantropia e, ao mesmo tempo, fortalecendo a gestão de projetos sociais e culturais, criando soluções inovadoras e customizadas para potencializar o Terceiro Setor. Em 10 anos, o Phi já apoiou mais de 2.000 projetos sociais em todo o país, movimentou cerca de R$ 232 milhões para o setor e impactou a vida de mais de 3 milhões de pessoas.