Apertem os cintos

Jeep Wagonner aInda não vem pro Brasil por enquanto. Foto Vrum

Jeep confirma SUV de sete lugares para o segundo semestre de 2021

A Fiat Chrysler Automóveis (FCA) parece ter virado a chave e já está se movimentando para recuperar o tempo perdido com o período da pandemia da COVID-19. Prova disso é que a Jeep confirmou a chegada do “suvão” de sete lugares para o segundo semestre de 2021, além de versões híbridas do Renegade e Compass, a produção dos motores turbo e as comemorações dos 80 anos da marca. Executivos do grupo reafirmaram que alguns projetos tiveram o lançamento atrasado, mas todos estão confirmados. A Jeep é líder no segmento de SUVs no Brasil desde 2016, com 21% de participação.

De acordo com o assessor técnico da FCA Latam, Ricardo Dilser, o novo SUV de sete lugares da marca Jeep não será o “Grand Compass”, aposta que vem sendo feita por alguns profissionais da imprensa especializada. Ele revelou que a plataforma do novo modelo até traz algumas partes da mesma usada no SUV médio e em outros produtos da marca, mas garantiu que se trata de um carro completamente novo. “Será o SUV mais moderno e tecnológico já produzido na América Latina”, afirmou Dilser.

O gerente sênior do Brand Jeep, Alexandre Aquino, foi mais além e garantiu que apesar do cenário de incertezas e a alta do dólar, todos os projetos da marca serão mantidos. Ele revelou que o “suvão” de sete lugares será equipado apenas com motores turbo, entre eles os novos GSE turbo flex, mas não revelou se será o 1.0 ou o 1.3. O novo modelo vai compartilhar a fábrica e algumas soluções tecnológicas com o Compass, mas Aquino garante que serão produtos totalmente diferentes.

O SUV de sete lugares tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2021, quando também devem chegar versões híbridas do Renegade e do Compass, ambos mais no fim do ano. “Alguns projetos foram atrasados em três ou seis meses, mas não mais que um ano”, afirmou Alexandre Aquino.

MOTORES Com relação aos novos motores GSE turbo, que equiparão modelos Fiat e Jeep, os executivos da FCA garantiram que a fábrica trabalha a todo vapor e que até o fim do ano os propulsores irão para testes em campo e no dinamômetro. O lançamento dos motores está previsto para 2021, mas Alexandre Aquino não revelou qual serão os primeiros modelos a recebê-los.

WAGONEER Recentemente, a Jeep apresentou ao mundo um veículo-conceito batizado com o nome de um ícone americano, o Jeep Wagoneer, que será produzido em série e tem chegada garantida no mercado norte-americano em 2021. Com dimensões avantajadas, o SUV moderno foi inspirado no original da década de 1960 e terá muita tecnologia, trazendo inclusive propulsão híbrida. Lá fora, será vendido nas versões Wagoneer e Grand Wagoneer. Alexandre Aquino disse que a FCA está estudando se existe mercado para o modelo no Brasil. “É um carro muito sofisticado, cheio de tecnologias. Mas se chegarmos à conclusão que tem mercado para ele no Brasil, poderá ser importado”, revelou.

Jeep Compass faz grande sucesso no Brasil. Foto Divulgação

COMPACTO Questionado sobre a possibilidade de a Jeep produzir no Brasil um SUV de dimensões menores e mais barato que o Renegade, Aquino disse acreditar que ainda não tem espaço no mercado que justifique tal investimento. A princípio, esse modelo menor chegará ao mercado com a marca Fiat, no primeiro semestre de 2021, provavelmente para concorrer com “hatches aventureiros” como o VW Nivus e o Honda WR-V.

COMPASS Ao falar sobre uma possível renovação do Jeep Compass, Alexandre Aquino lembrou que o modelo tem 64,3% de participação no segmento de SUVs médios, portanto, “fica complicado mexer em alguma coisa”. Ele disse que quando isso acontecer, serão mantidos os pontos fortes que levaram o Compass à liderança do segmento. “Mas, quando for renovado, o Compass será ainda mais sofisticado, mais tecnológico, mais potente e com retoques no visual”, afirmou.

GLADIATOR A picape Jeep Gladiator é outro modelo que tem promessa de chegada ao mercado brasileiro. Mas Alexandre Aquino revelou que a única fábrica que produz a picape nos Estados Unidos não tem capacidade para atender à grande demanda mundial, e com isso o desembarque da Gladiator por aqui fica adiado. “Mas é certo que virá, só não sabemos quando”, concluiu.

Por Enio Greco – Vrum