Queda livre

Foto Marcelo Camargo/AgBr

Rejeição ao trabalho de Bolsonaro cresce, enquanto aprovação ao governo cai

O levantamento ouviu 2.500 pessoas, em 501 municípios, nas 27 unidades da Federação, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Os dados foram coletados de 9 a 11 de novembro. No período, Bolsonaro fez declarações que ficaram em destaque na mídia, como quando comemorou a suspensão de testes da CoronaVac e disse que o Brasil deveria deixar de ser 1 país de “maricas“ –termo pejorativo para se referir a homossexuais.

O chefe do Executivo também fez uma ameaça indireta ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Afirmou que “quando acabar a saliva, tem que ter pólvora” ao se referir a possíveis barreiras comerciais impostas por outros países condicionadas à preservação da Amazônia.

A declaração resultou em uma enxurrada de memes nas redes sociais, e termos relacionados ao assunto ficaram horas estampados nos assuntos mais comentados do Twitter.

Investigações envolvendo o senador Flavio Bolsonaro, o “Zero1” também contribuíram para a queda. Foto Adriano Machado

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os brasileiros que representem de forma fiel o conjunto da população.

A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Highlights Demográficos

O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros sobre o governo.

Os homens aprovam mais. As mulheres, menos. Os mais jovens também são os que mais, proporcionalmente, rejeitam a administração. Já os que têm de 45 a 59 anos, são os que mais têm visão positiva.

Trabalho de Bolsonaro

O PoderData também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.

Agora, há a mesma proporção de pessoas que rejeitam e que aprovam o trabalho do chefe do Executivo. Entre estatísticos e cientistas políticos, é comum usar a comparação com uma “boca de jacaré” para se referir a esse fenômeno, em que as curvas se cruzam.

A percepção positiva (“ótimo” + “bom“) variou 2 p.p. para baixo, enquanto a negativa (“ruim” + “péssimo“) subiu 5.

Os 21% que acham Bolsonaro “regular”

No Brasil, pergunta-se aos eleitores se acham que o governante faz 1 trabalho ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Quem considera a atuação “regular” é uma incógnita.

Para entender qual é a real opinião dessas pessoas, o PoderData faz 1 cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como 1 todo. Os dados mostram que a proporção daqueles que enxergam o trabalho de Bolsonaro como “regular” e hoje aprovam seu governo é de 46%.

O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias.

Por Rafael Barbosa – Poder360