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Cannabis em microcápsulas pode ajudar a tratar doenças neurológicas

Uma equipe de pesquisadores australianos e neozelandeses liderada pela Universidade Curtin (Austrália) descobriu uma nova maneira de melhorar a taxa de absorção da cannabis medicinal quando tomada por via oral. A novidade poderia ser usada para tratar distúrbios neurológicos como a doença de Alzheimer, esclerose múltipla e lesões cerebrais traumáticas no futuro. O estudo a esse respeito, financiado pela farmacêutica Zelira Therapeutics, foi publicado na revista PLOS ONE.

Os pesquisadores criaram minúsculas cápsulas contendo canabinoides. Quando tomadas por via oral, elas foram absorvidas pelo corpo mais rapidamente e penetraram no cérebro em maior velocidade, em modelos de camundongos com doenças neurológicas, do que quando foram administradas na forma líquida.

Segundo o pesquisador principal, professor associado Ryu Takechi, do Curtin Health Innovation Research Institute (Chiri) e da Escola de Saúde da População da Universidade Curtin, tem havido um interesse crescente no uso de canabidiol para tratar várias doenças neurológicas. Mas existem limitações para isso, devido à má absorção e sensibilidade à luz e ao ácido do estômago da substância quando consumida por via oral.

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Uso medicinal da cannabis e suas diversas aplicações vem crescendo em diversos países. Foto Unsplash

Distribuição melhorada

“Nossa equipe conseguiu melhorar significativamente a absorção e entrega cerebral de canabidiol, administrando-o em uma nova forma de microcápsula, em combinação com um ácido biliar de ocorrência natural”, acrescentou o professor. “Com essa nova forma encapsulada, conseguimos melhorar a distribuição de canabidiol pelo cérebro em 40 vezes em modelos animais e também protegemos a droga da oxidação e degradação pela luz, o que ajuda a estender a vida útil do produto.”

De acordo com Takechi, as descobertas podem ser úteis no apoio ao uso clínico da cannabis medicinal no tratamento de distúrbios neurológicos.

Resultados promissores

O CEO da Zelira, dr. Oludare Odumosu, disse estar muito satisfeito com o resultado da colaboração com Takechi e sua equipe. “A nova tecnologia de encapsulamento parece melhorar significativamente a eficiência com a qual os medicamentos à base de canabinoides podem ser administrados ao cérebro. Isso poderia levar a melhorias na eficácia das terapias com canabinoides para tratar distúrbios neurológicos, reduzindo custos e aumentando a segurança”, disse ele.

Por Revista Planeta