Programa Vida Saudável da Rádio ALEMS recebeu o médico oncologista Gustavo Medeiros, diretor-geral do Hospital de Câncer de Campo Grande
O mês de Outubro já é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento, conhecido como Outubro Rosa, é celebrado anualmente desde os anos 90. Em referência a esse mês, o programa Vida Saudável da Rádio ALEMS, conversa nesta edição com o médico oncologista, Gustavo Medeiros, que também é diretor-geral do Hospital de Câncer de Campo Grande.
Durante a entrevista o especialista afirma que o câncer de mama tem atingido cada vez mais mulheres no Brasil e no mundo. No país, ele é o de maior incidência no sexo feminino. Segundo ele, o sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar enrugada e avermelhada; também podem aparecer pequenos caroços nas axilas; saída de secreção pelo mamilo em mulheres que não estão amamentando. “Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde, assim que for encontrada alguma anormalidade”, destaca.
O médico oncologista também fala de alguns fatores de riscos que podem causar essa doença, entre eles está a hereditariedade, obesidade, tabagismo, sedentarismo e uma dieta rica em alimentos processados. Conforme o Instituto Nacional de Câncer de Mama (INCA), no Brasil, em 2020, cerca de oito mil casos de câncer de mama tiveram relação direta com fatores comportamentais como consumo de bebidas alcoólicas, excesso de peso e inatividade física. O número representa 13,1% dos 64 mil casos novos de câncer de mama em mulheres com 30 anos ou mais, em todo o país.
“O câncer de mama tem cura, por isso não deixe de realizar a consulta com o seu médico e fazer os exames de rotina. Quando o câncer de mama é diagnosticado precocemente, a chance de cura da doença é acima de 90%”, informa o médico oncologista, Gustavo Medeiros.
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Mortalidade
Em 2019, o Brasil registrou 18.068 mortes por câncer de mama, sendo o principal tipo da doença que leva mulheres a óbito. Projeções do INCA até 2030 apontam para a estabilidade das taxas de mortalidade entre 30 e 69 anos. Uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável até 2030 é reduzir em um terço das mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis, entre elas, o câncer. A Organização das Nações Unidades (ONU) estabelece uma meta de redução de 30% desse tipo de câncer em todo mundo.
Por Regiane Ribeiro – ALEMS