Para atender as necessidades de uma família o valor seria quase R$ 6 mil mensais
Regularmente, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza uma pesquisa para avaliar o custo de itens da cesta básica, salário-mínimo ideal e o preço da cesta básica por horas trabalhadas.
E o resultado para o mês de novembro foi que um salário-mínimo ideal seria de R$ 5.969,17, quase chegando aos R$ 6 mil. De lá para cá, esse salário-mínimo ideal sofreu várias alterações, chegando a um aumento de 30% desde o começo da pandemia.
Esse salário-mínimo ideal corresponde a cinco vezes o piso nacional vigente, ou seja, o salário-mínimo oficial, de R$ 1.100.
Segundo o Dieese, o cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, além de considerar também serviços básicos como moradia, saúde, energia elétrica, entre outros itens essenciais e importantes.
Outros dados divulgados pelo órgão dizem respeito ao custo da alimentação. Cerca de nove cidades registraram um aumento no custo da cesta básica, a maioria na região Norte e Nordeste do Brasil.
Entre elas, as maiores altas foram registradas nas cidades de Recife (8,13%), Salvador (3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%), Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju (1,96%). Fora desse eixo, as cidades de Florianópolis (1,40%) e Goiânia (1,33%) também apresentaram elevação no custo médio.
As reduções de cesta básica mais importantes aconteceram em Brasília (-1,88%), Campo Grande (-1,26%) e no Rio de Janeiro (-1,22%).
Ainda assim, existem cidades que a cesta básica chegou a custar cerca de R$ 700, é o caso de Florianópolis, que custa R$ 710,53. Outras cidades já registram valores próximos desse patamar, como São Paulo, com R$ 692,27; Porto Alegre, R$ 685,32; Vitória, R$ 668,17; e Rio de Janeiro, R$ 665,60.
Por fim, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em novembro, ficou em 119 horas e 58 minutos, maior do que em outubro, quando foi de 118 horas e 45 minutos.
Vale lembrar que quando se compara o custo da cesta com o salário-mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%). Com isso, o trabalhador remunerado pelo salário-mínimo comprometeu, em novembro, 58,95% do seu salário líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Por Loyane Lapa – Finanças e Empreendedorismo