Todos os anos neste período de estiagem e baixa umidade do ar, Mato Grosso do Sul enfrenta sérios problemas no meio ambiente que afeta a saúde das pessoas. São as queimadas na vegetação, tanto na cidade e como no seu entorno, na área rural. Por isso, o poder público municipal e o estadual devem realizar, desde os primeiros meses do ano, o planejamento para as ações de prevenção e alerta à população, minimizando a ocorrência das queimadas. O planejamento deverá ser coordenado pelo COMIF – Comitê Municipal de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Urbanos.
Os incêndios florestais podem ser provocados pelo homem (90%) ou por causas naturais, sendo uma grande questão ambiental. A prevenção é essencial para que o meio ambiente seja preservado. Para o deputado estadual Pedro Kemp, do PT/MS, “a principal medida de prevenção deve ser a realização de uma ampla campanha de conscientização e de educação ambiental nos meios de comunicação, nas escolas, centros de saúde, centros de assistência social, comércio, entidades de classe, destacando, inclusive, que incêndio florestal é um crime ambiental tipificado no Código Florestal”. De acordo com Kemp, o artigo 18-A do Código de Polícia Administrativa de Campo Grande (Lei 2.909/92) diz que é proibido promover queimadas urbanas, mesmo em pequenas proporções.
Pedro Kemp argumenta que as campanhas educativas devem orientar a população a nunca usar fogo para queima de lixo ou para a limpeza de plantação; não jogar resto de cigarro ainda acesso; nunca se deve soltar balão; não jogar lixo pela janela do carro, pois esse lixo jogado poderá servir de alimento para o fogo; nunca acender fogueira próximo à vegetação, principalmente seca; em caso de incêndio, providenciar uma aceiro (limpeza de um terreno em volta de propriedades, matas e coivaras), para impedir sua propagação; capinar a área perto de casa; molhar faixas de terra seca; em casos de incêndios de maior proporção, chamar sempre o Corpo de Bombeiros ou a Defesa Civil e não tentar apagar sozinho.
O deputado alerta para os efeitos nocivos das queimadas na saúde da população. Os riscos se tornam ainda maiores devido a problemas respiratórios provocados pelos incêndios florestais, principalmente em tempos pandemia, que provoca a falta de leitos disponíveis nos hospitais de Campo Grande.
Além da campanha de educação e conscientização da população, o deputado acredita que a prefeitura deve divulgar amplamente o telefone da SEMADUR (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) para denúncias de incêndios urbanos, visando intensificar a fiscalização e a autuação de infrações à legislação.